quinta-feira, 12/dezembro/2024
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Assembléia levará proposta dos policiais em greve ao governador

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Deputados estaduais que acompanham o movimento grevista de investigados e escrivãs de polícia se reúnem hoje às 11 horas, com o governador Blairo Maggi. Eles vão apresentar a proposta da categoria, inclusive com os argumentos de viabilidade de atendimento apresentados pelos profissionais em reunião ocorrida na tarde desta quinta-feira (02), na Assembléia Legislativa.

Recebidos pelos deputados Humberto Bosaipo (PFL), Vera Araújo (PT), Eliene Lima (PP) que representou o primeiro secretário da Casa, José Riva (PP) e José Carlos do Pátio (PMDB), os profissionais ratificaram a proposta apresentada no último dia 31 de janeiro de elevação do soldo inicial dos atuais R$ 1.273,00 para R$ 3.600.

Segundo a presidente do Sindicato dos Escrivãs, Genima Evangelista a categoria não exige de imediato itens como promoção ou adicionais, mas quer a alteração dos subsídios. “A única coisa que interessa para a categoria é alterar os subsídios, os demais itens poderemos negociar posteriormente”, assegurou.

Humberto Bosaipo (PFL) acredita que o mais importante neste momento é que unidos, governo, categoria e legislativo trabalhem uma proposta que seja solução para toda a categoria e passível de cumprimento pelo Executivo. Entre os requisitos a serem observados no fechamento dessa solução segundo ele, é importante observar a Lei de Responsabilidade Fiscal e ao mesmo tempo priorizar o atendimento à categoria em tudo que for possível.

A deputada Vera Araújo (PT) considera um avanço a reunião que acontece amanhã entre os Poderes executivo e legislativo para buscar solução para o impasse. “A reunião é importante, os profissionais estão dispostos a negociar e vamos apresentar a proposta e pedir que o governo se manifeste e apresente uma contra-proposta”, disse.

José Carlos do Pátio (PMDB) resumiu: “Vamos levar a proposta ao governador e apresentar as razões aqui apresentadas pela categoria, e vamos aguardar que ele apresente uma contra-proposta ou até que atenda à reivindicação”. Já Eliene Lima (PP) considera importante que a solução para o impasse seja encontrada no menor espaço de tempo para que “o atendimento à população seja normalizado”.

Os investigadores e escrivãs estão em greve há 18 dias. Apenas 30% do efetivo atende os casos de urgência. Na capital o atendimento foi concentrado nas duas maiores delegacias da Grande Cuiabá – Central de Flagrantes e Delegacia Regional de Várzea Grande.

No último dia 16 de janeiro o juiz Alberto Ferreira de Souza, da 3ª Vara de Fazenda Pública de Cuiabá, concedeu liminar ao Estado de Mato Grosso declarando ilegalidade do movimento. Mas ontem (01.02) o Tribunal de Justiça reconheceu que a greve da Polícia Civil é legal. A decisão foi proferida pelo desembargador Donato Fortunato Ojeda, da Segunda Câmara Cível, relator do recurso de agravo de instrumento interposto pelos sindicatos das duas categorias.

Atualmente, além de buscar negociações, os policiais civis fazem panfletagem no centro de Cuiabá, para esclarecer a sociedade sobre os motivos que levaram a categoria a entrar em greve.

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