A Assembleia Legislativa de Mato Grosso firmou contrato com uma empresa de informática para comprar 50 notebooks, cada um custando mais de R$ 17 mil. Além dos equipamentos, o legislativo pretendia comprar maletas para o transporte dos computadores portáteis e garantia estendida, fazendo com que a aquisição chegasse ao valor de R$ 900 mil. Conforme o presidente da Mesa Diretora, Eduardo Botelho (DEM), ainda que o acordo tenha sido assinado, o processo de compra foi suspenso.
Conforme o documento, assinado por Botelho e pelo primeiro secretário do Legislativo, Guilherme Maluf (PSDB), em junho do ano passado, os notebooks seriam da marca Lenovo, modelo P50 PN. Entre as especificações, o equipamento deveria conter 16 GB de memória RAM, disco rígido de 1 TB, placa de vídeo dedicada e tela de resolução Full HD.
No site da fabricante não foi possível localizar o notebook pretendido pela Assembleia. No entanto, o equipamento mais caro vendido no endereço eletrônico, que inclui chaisei com fibra de carbono, custa R$ 13,2 mil. Se fosse este o equipamento a ser adquirido, a diferença chegaria a R$ 200 mil.
Procurado para comentar a aquisição, Botelho explicou que determinou a suspensão do pregão. “Um dos motivos era a quantidade de notebooks, precisávamos de no máximo três, mas nem estes serão comprados”, explicou o parlamentar.
Conforme o democrata, os computadores portáteis seriam usados para as transmissões televisivas e, por isso, era necessário que tivesse recursos gráficos superiores a notebooks de uso comum.
Botelho ressaltou que o pregão foi feito em janeiro do ano passado, quando ele ainda não era presidente, mas, sim, primeiro vice-presidente da Assembleia. Na época, o Legislativo era comandado por Maluf. “O contrato foi assinado por mim, em 7 de junho, mas antes da chegada da ordem de serviço para finalizar o processo, determinei que isso não fosse comprado. Não houve nenhum gasto”, destacou o parlamentar.