A Assembleia deve convocar, nos próximos dias, os secretário Eder Moares (Fazenda) e Pedro Nadaf ( Indústria e Comércio) para explicar os rombos causados no Estado com o esquema de sonegação e venda de notas para transporte de grãos de Mato Grosso, que resultou em 27 prisões de empresários, advogados, contabilistas e fiscais, na operação Mala Preta. Todos prestaram depoimentos e foram liberados esta semana. O secretário Eder Moares estimou que cerca de R$ 3 milhões deixaram de ser arrecadados.
O pedido para os secretários prestarem esclarecimentos foi feito pelo deputado Guilherme Maluf (PSDB), da Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária (CFAEO). “Eles precisam falar sobre o rombo que essas empresas deram ao Estado”, disse Maluf.
Conforme Só Notícia sjá informou, os cruzamentos de dados da Secretaria de Fazenda apontavam para um volume de mercadorias comercializado e declarado nas notas fiscais eletrônicas incompatível com o potencial de arrecadação do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) no segmento de grãos. Chegaram também à Sefaz denúncias que notas fiscais estariam sendo comercializadas, em média, por 5% do valor total do produto. Também foi informado ao fisco que as fraudes estariam ocorrendo na emissão de notas fiscais eletrônicas, referentes a operações de vendas de milho e soja, entre os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo. As informações foram repassadas à Delegacia Fazendária, que há seis meses, começou a investigar os fatos.