Os deputados estaduais instauraram Comissão Especial, durante a sessão plenária ontem, para avaliar a atuação das Organizações Sociais de Saúde (OSS) em Mato Grosso. Ao todo, oito parlamentares integram a comissão que deverá eleger um presidente e apresentar parecer em até 72 horas.
O deputado Ademir Brunetto (PT) chegou à sessão com oito assinaturas para que fosse instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O objetivo é investigar a gestão das OSS, após terem sido encontradas centenas de caixas de medicamentos vencidos na Farmácia de Alto Custo, em Cuiabá.
"Até agora temos oito assinaturas de deputados para a aprovação e possível implantação da CPI. Precisamos investigar este fato para saber se houve conivência. A sociedade está ansiosa para um esclarecimento no processo investigativo. Para que esse fato nunca mais aconteça em Mato Grosso e se preciso for, que seja feita uma punição severa para que esses fatos nunca mais ocorram".
No entanto, o parlamento estadual já tem três CPIs em andamento (PCH, Telefonia Móvel e MT Saúde) e pelo regimento interno não pode ser instalada mais comissões até que uma delas seja concluída, informou a assessoria.
Para a Comissão Especial foram nomeados os deputados Ondanir Bortolini (PR), Wagner Ramos (PR); Walter Rabello (PSD), Pedro Satélite (PSD); Márcio Pandolfo (PDT), Ademir Brunetto (PT); Teté Bezerra (PMDB) e Baiano Filho (PMDB).
Durante a sessão de ontem, servidores da saúde e entidades fizeram manifestação para que os deputados aprovassem, em primeira votação, o projeto de lei, de iniciativa popular, que revoga a contratação das Organizações Sociais para gestão da Saúde no Estado. Porém, conforme Só Notícias divulgou, a matéria não foi inclusa na pauta, pois depende de trâmite legal explicou o presidente, deputado Romoaldo Júnior (PMDB).
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