Preocupado com a crise que afeta o agronegócio de Mato Grosso, que já produz um reflexo negativo na economia dos municípios, o presidente da Assembléia Legislativa, Silval Barbosa (PMDB) disse que vai convocar, nos próximos dias, o superintendente do Banco do Brasil, Dan Conrado para explicar sobre os recursos existentes e como serão liberados para o custeio da próxima safra. Silval defendeu maior debate sobre a questão e considerou a política de investimento do custeio da safra deste ano como o ponto “estrangulante” de toda a discussão, porque segundo ele, não há uma política definida para o custeio.
“Vamos convocar o superintendente do Banco do Brasil para explicar à Assembléia Legislativa e aos produtores o que realmente há para se investir e como serão liberados os investimentos para o custeio da safra”, assegurou.
A decisão foi tomada após uma reunião com o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), José Aparecido dos Santos (Cidinho) e os prefeitos da região sul de Mato Grosso, ontem, na presidência da Casa. Eles pediram o apoio parlamentar na tentativa de viabilizar medidas que solucionem a crise que afeta o agronegócio da região. Para os prefeitos, a região sul é a mais penalizada porque além da crise cambial, o longo período de estiagem contribuiu para aumentar os prejuízos.
Conforme o presidente da AMM, a região já convive com aumento do número de desemprego, redução da área plantada e inadimplência no comércio. “Viemos mostrar aos deputados a realidade dos municípios porque a crise não foi debelada, muito pelo contrário, ela se agravou ainda mais”, afirmou Santos, ao acrescentar que por causa da questão climática os prefeitos decretaram ´Estado de Emergência´ na região.
Cidinho informou que os munícipes esperam a homologação desse decreto por parte do governo do Estado, para que as cidades possam obter algum benefício e superar as dificuldades. “Viemos colocar de forma clara para os deputados que a crise instalada no estado não foi resolvida. Tivemos o Tratoraço em Brasília e várias promessas foram feitas pelo Governo Federal, mas nada foi resolvido até agora”, afirmou.