O presidente da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa deputado estadual, Leonardo Albuquerque (PSD), afirmou que o grupo escolhido para avaliar os resquícios da Operação Malebolge deve ser convocado ainda hoje para se reunir.
Na operação, deflagrada no dia 14 deste mês após a delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão nos gabinetes de oito deputados delatados sob acusação de recebimento de propina durante sua gestão. Foram levados computadores e documentos dos gabinetes da Assembleia Legislativa.
De acordo com o deputado, a comissão fará um acompanhamento diário, mesmo ainda não tendo autorização para votar sobre a prisão do deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) que foi preso na última semana em função da operação. A Casa deve peticionar o Supremo Tribunal Federal, para tentar liberar a votação em plenário para a soltura do deputado.
"Os deputados que fazem parte serão oficiados para que a gente possa se reunir. Nós temos que acompanhar essas investigações que estão sendo feitas, colocando nossa posição a apresento os esclarecimentos da Casa. E também buscaremos no STF esclarecimentos sobre a situação do Fabris", disse o parlamentar.
Ele explicou que documentalmente, o ministro Luiz Fux, relator do caso no Supremo, não autorizou que a Assembleia Legislativa fizesse a votação de sustação da prisão de Gilmar, por conta de uma jurisprudência que aconteceu no estado de Rondônia em que havia outros deputados citados na Operação Dominó é que faziam parte da mesma legislatura.
Albuquerque ainda ressalta que a Comissão contratará um jurista experiente em Constituição. "A Casa e a Comissão precisa agora de um jurista que faça esse acompanhamento junto dos parlamentares tanto no decorrer desse processo, quanto nessa situação do deputado Gilmar Fabris".