Preso há pouco mais de 30 dias sob a acusação de participar de um esquema de desvio de recursos da Assembleia Legislativa que causou um prejuízo de aproximadamente R$ 10 milhões, o servidor Luiz Márcio Bastos Pommot vai desfrutar de uma licença-prêmio de nove meses.
O benefício foi concedido pela atual Mesa Diretora do Parlamento e se estende da última segunda-feira (3) até o final de abril do ano que vem. Conforme a publicação no Diário Oficial que circula nesta terça-feira (4), o motivo da licença é a “assiduidade” ao trabalho de Pommot entre os anos de 1999 e 2014.
Pommot foi preso no início do mês passado, durante a deflagração da Operação Ventríloquo, do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). Ex-secretário-geral do Parlamento, ele é considerado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como um dos servidores de confiança do ex-presidente da Casa, o ex-deputado estadual José Riva (PSD), que também chegou a ser preso na ocasião, mas foi liberado no mesmo dia.
Ambos são acusados de fraudar o pagamento de uma dívida da Assembleia Legislativa com o Banco HSBC. Conforme a denúncia, Pommot teria intermediado o contato de Riva com o advogado da instituição financeira que delatou a prática do suposto crime. Dos cerca de R$ 10 milhões que eram devidos ao banco, somente uma parte teria sido destinada, de fato, ao pagamento da dívida. O restante teria sido desviado.