O PTB decidiu hoje deixar o bloco do governo no Senado depois que o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) foi substituído na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) por ser contrário à prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Por unanimidade, os sete integrantes do PTB no Senado também decidiram liberar a bancada na votação da CPMF -apesar da saída do bloco não representar o afastamento da base de apoio do governo no Congresso. A informação é da Folha de São Paulo.
“A decisão de deixar o bloco é irreversível. Isso significa ter independência da base aliada. Não queremos ser tratados como partido de segunda categoria. Além do meu afastamento, já havia outros fatores que se acumulavam”, disse Mozarildo.
A decisão do PTB foi uma espécie de desagravo a Mozarildo, que não escondeu sua irritação com a súbita substituição na CCJ provocada pela sua posição contrária à prorrogação da CPMF.
Como a bancada está dividida na votação da CPMF, decidiu liberar a bancada para que cada parlamentar escolha por conta própria se vai apoiar ou não a prorrogação do “imposto do cheque”.
Ainda de acordo com a Folha, Mozarildo e o senador Romeu Tuma (PTB-SP) já anunciaram voto contrário à matéria, enquanto Cafeteira e o senador Sérgio Zambiazi (PTB-RS) definiram pelo voto favorável à prorrogação da CPMF.
Os demais integrantes do PTB ainda não revelaram como votarão –Gim Argello (DF), João Vicente Claudino (PTB-PI). O senador Fernando Collor de Mello (AL) está de licença e seu suplente, Euclydes Mello (PRB-AL) é de outro partido.