Apreensivo com o grande impacto econômico, além do desemprego com o novo decreto do governo do Estado que começa a vigorar amanhã, o prefeito Ari Lafin está buscando alternativas junto com as entidades para que pelo menos os principais ramos afetados como restaurantes entre outro congêneres possam funcionar até às 21 horas, respeitando as medidas de biossegurança. Ari lembrou que a medida também impacta diretamente os motoristas que estão puxando a safra e precisam de um local para a alimentação.
“Restaurantes, por exemplo, está alimentando quem vive uma safra. Trabalhando no dia a dia. Vou pedir para que tenha uma análise para que entre como essencial, claro obedecendo à contingência. A minha luta é grande, mas tenho limitações. Estamos buscando ouvir, são classes impactadas, se nós dentro da legalidade conseguimos legalizar, vamos sim, regulamentar. Mas tenho que trabalhar dentro da legalidade, caso contrário eu estarei infringindo a lei e poderei responder criminalmente por mortes futuras. Minha responsabilidade é muito grande, estou fazendo de tudo para achar uma alternativa. Nem todos gostariam de estar na minha pele porque o papel de pai é esse, quando a chapa esquenta, tem que tomar decisões que muitas das vezes não agradam seus filhos”, expôs o prefeito.
Apenas as farmácias, os serviços de saúde, de hospedagem e congêneres, de transporte coletivo, transporte individual remunerado de passageiros por meio de táxi ou aplicativo, as funerárias, os postos de combustíveis, exceto conveniências, as indústrias, as atividades de colheita e armazenamento de alimentos e grãos, serviços de manutenção de fornecimento de energia, água, telefonia, coleta de lixo não têm restrição de horário. Outros segmentos funcionarão das 5h até às 19h, com o toque de recolher iniciando às 21h em todo o Estado.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Paulo Silvestro, expôs que, “nesses últimos dias, realmente a pandemia teve um aumento significativo. Na relação à vida, a responsabilidade maior é das autoridades constituídas. Nós, enquanto entidade de classe estamos fazendo nosso papel que é a aproximação dos poderes, que é dialogar, criar alternativas para que o empresário também possa se manter, afinal é do empreendimento que tiramos o sustendo do dia a dia. A gente precisa seguir a legislação e respeitar as autoridades. Temos que respeitar e encontrar as alternativas”.
Em Sinop, o prefeito Roberto Dorner também se reuniu, há pouco, com dirigentes de entidades para discutir uma forma de flexibilizar o decreto do governo estadual. O prefeito deve conversar, hoje, com promotores para um entendimento conjunto sobre as medidas. Dorner disse que é compreensível a decisão do governador Mauro Mendes no novo decreto, que terá validade até o próximo dia 15, porém, é necessário ter sensibilidade com os empresários e trabalhadores, considerando que, mês passado, a prefeitura decidiu por 11 dias reduzir o funcionamento do comércio até as 22h com toque de recolher a partir das 23h porque havia lotação máxima de UTIs no hospital regional.