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Ararath: Eder Moraes relaciona Blairo e Silval como testemunhas de defesa

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O  ex-secretário Eder de Moraes Dias, que está preso desde 20 de maio, no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, arrolou como testemunhas, na justiça federal, no processo em que é réu pelo crime de lavagem de dinheiro o senador e ex-governador Blairo Maggi (PR) e governador Silval Barbosa (PMDB). Eles deverão ser ouvidos pelo juiz da 5ª Vara Federal, Jeferson Schneider, em um dos 4 dias designados pelo magistrado para a oitiva das testemunhas, 24, 25 e 31 deste mês, além de 1º de agosto. A informação foi confirmada pelo advogado de Eder, Fábio Lessa.

A indicação dos de Blairo e Silval como testemunhas segue a linha de defesa apresentada por Eder desde a deflagração da 5ª etapa da operação Ararath, que culminou na prisão dele, e de onde este processo derivou. Ex-secretário de Fazenda e apontado como principal operador de esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, Eder sempre alegou ter agido a mando de Blairo e Silval.

Além dele são réus neste processo a esposa dele, Laura Tereza da Costa Silva, o ex-secretário-adjunto de Fazenda, Vivaldo Lopes, e o superintendente do Bic Banco em Mato Grosso, Luiz Carlos Cuzziol, que chegou a ser preso durante a operação. Vivaldo, inclusive, teria arrolado como testemunha o deputado estadual José Riva, informação não confirmada até o momento.

Vivaldo é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter utilizado sua empresa para receber dinheiro oriundo do esquema. Segundo os procuradores, o dinheiro era utilizado para abastecer campanhas políticas e no pagamento de propina diversos políticos de Mato Grosso. Ao menos R$ 520 mil teriam sido enviados à empresa de propriedade de Lopes.

A informação, revelada na 4ª fase da operação, foi negada pelo ex-secretário. Ele explicou que emprestou o nome da empresa para que a antiga Associação Amantes do Futebol e Amigos do Mixto (Afam) presidida por Eder, pudesse receber uma cota de patrocínio.

No último dia 3, o colaborador premiado, delator do esquema, empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, prestou depoimento no processo. Ele foi ouvido por mais de 6 horas e confirmou todas as informações prestadas anteriormente, que ajudaram na investigação.

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