Os deputados estaduais aprovaram, ontem à tarde, em duas sessões ordinárias, o projeto de lei 963 criando o programa “Mato Grosso Série A”, autorizando a secretaria estadual de Cultura, Esporte e Lazer (Secel) a firmar contratos de patrocínio, de forma direta, com as equipes, sendo R$ 3,5 milhões destinados aos times no Campeonato Brasileiro da Série A e R$ 1 milhão para quem estiver no Campeonato Brasileiro da Série B. Caso não tenha times disputando as séries A e B do Brasileirão, o patrocínio será revertido às equipes profissionais que disputam as séries C e D. Na Série A, atualmente, está o Cuiabá Esporte Clube que, pelo primeiro ano, está na elite do futebol nacional e, neste momento, tem feito campanha melhor que a do São Paulo, Santos, Grêmio, dentre outros. Na Série D deste ano competiram Nova Mutum e União de Rondonópolis.
O deputado Wilson Santos (PSDB) disse que o projeto definido pelo governador Mauro Mendes representa forte apoio ao futebol mato-grossense e o Cuiabá tem projetado o Estado a nível nacional. “No País do futebol é preciso reconhecer que milhares de pessoas ganham a vida com essa prática esportiva. O Cuiabá, hoje, é uma máquina de empregos, de geração de renda. Esse projeto é para dar uma ajuda financeira ao time, como o governo fez com diversos setores neste período de pandemia. Gira a economia, gera emprego e gera renda”, afirmou.
O deputado Lúdio Cabral (PT) foi o único contrário apontando que o “governo está querendo surfar no sucesso do Cuiabá Esporte Clube ao propor essa Lei. O Cuiabá chegou nesta posição, até agora, sozinho. Tem todas condições de se manter sem precisar de patrocínio do governo”, disse.
O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho, divergiu de Lúdio. “O Cuiabá está propiciando um movimento grande, estamos atraindo pessoas para Cuiabá para assistir os jogos. O governador está surfando mesmo, é assim que funciona. O governo tem que fazer essas funções”, disse.
O governo argumenta que o projeto objetiva promover o incentivo ao futebol profissional de alto rendimento em Mato Grosso. E que o programa adota como diretrizes a promoção da competitividade entre as equipes profissionais mato-grossenses, bem como autonomia das entidades desportivas. Segundo o governo, a propositura também é “apta a conferir ao Estado de Mato Grosso o reconhecimento em nível nacional, já que a sua imagem está associada ao esporte de maior alcance entre os brasileiros”.