Deputados estaduais aprovaram em quatro sessões, uma ordinária e três extraordinárias mudança na política salarial de todo o funcionalismo público do Estado a exceção dos servidores da Educação, da Unemat e dos oficiais da Polícia Militar. A nova proposta acabou ficando melhor que a inicial prevista pela lei aprovada há três anos, em 2007, que estabelecia a inflação do ano medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e mais 4% de aumento real. Sem a mudança aprovada, o aumento seria de 8,11%, e após a nova negociação da qual participou o ainda governador Blairo Maggi, Silval Barbosa e os secretários da área econômica o reajuste será de 11%, elevando a folha de pagamento dos R$ 188 milhões para R$ 208 milhões/mês. O Estado vai gastar R$ 2,7 bilhões com salários dos 87 mil servidores ativos e inativos por ano.
A única diferença é que as categorias da Área Instrumental, do Procon, da Sema e da Saúde terão 3% de aumento retroativo a janeiro deste ano, ou seja, além do aumento legal previsto para maio que será 8%, essas categorias receberão diferenças.
O presidente da Assembleia, José Riva disse que as negociações foram difíceis não por intransigência, mas pela questão da responsabilidade fiscal que em ano de final de mandato tem índices mais rigorosos. “Foi um grande passo conquistado por Blairo Maggi e Silval Barbosa, além dos próprios servidores”.
O deputado Sérgio Ricardo, 1º secretário e presidente da CPI da Saúde, disse uma paralisação dos servidores da área da saúde só poderia agravar ainda mais o quadro, defendendo que os servidores sejam contemplados com aumentos salariais de forma diferenciada. “Ora se a arrecadação crescer e se manter um reajuste melhor seria essencial”.
O governador Silval Barbosa disse que sanciona hoje o aumento salarial e já se encontra com os estudos de impacto levantados pela Secretaria de Administração, e cobrou da equipe econômica empenho para que o crescimento previsto para a economia de Mato Grosso possa fazer frente ao novo reajuste e as ações que o Estado precisa implementar. “Sei, conheço a realidade e o tamanho do Estado, mas defendo que algumas prioridades devam se sobrepor a outras”, disse Silval.