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Aprovação da Secopa não deve ser tão fácil quanto parece

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A decisão unânime dos deputados estaduais em hipotecar irrestrito apoio ao governador Silval Barbosa (PMDB) para que promova as alterações com a extinção da Agecopa e a criação da Secopa podem ter sido construídas em bases frágeis. Tudo porque durante a reunião em que os deputados pediram para que não houvesse a presença do presidente da Agecopa, Éder Moraes, o que não faltaram foram ácidas criticas ao desempenho do gestor e a sua forma de conduzir explicitamente suas ações.

Segundo A Gazeta apurou e ouviu de diversos deputados, o governador teria garantido que não havia escolhido o novo presidente e isto foi um sinal de que poderiam haver profundas mudanças. Para alguns deputados mudar nomes de órgãos para manter as mesmas pessoas é protelar para o futuro os problemas, disseram eles, que acreditam que as mudanças para darem certo têm que ser completas e em todos os sentidos.

Os deputados ainda não digeriram o fato de um diretor (Carlos Brito) ser defenestrado do processo apenas por ter divergido da opinião de outros dirigentes sem uma justificativa plausível.

Os deputados Walter Rabello (PP) e Percival Muniz (PPS) declararam que as mudanças não podem ser colocadas de afogadilho e a toque de caixa e que deverão pedir vistas da proposta do governo do Estado, que deverá estar pronta
para tramitar na Assembleia Legislativa a partir da semana que vem. "É preciso calma e principalmente estudo para não se cometer novos erros. O que começou errado só poderia terminar errado como está acontecendo", frisou o líder do PPS, que não se colocou contrário a mudanças, mas quer elas de forma definitiva e sem atropelos.

Walter Rabello disse que não vai atrasar a apreciação, apenas quer conhecer a proposta, ponderando que no início do ano a proposta dele e do deputado Emanuel Pinheiro, que previa a transformação da Agecopa em Secretaria Especial, foi rejeitada. Agora, ela é aceita sem justificativa e prejudicando aqueles que fizeram a opção de deixar a carreira política por causa de um mandato de 4 anos que, de uma hora para outra, será interrompido sem justificativa. "Mais importantes que a Agecopa e seus diretores é a própria Copa do Mundo", ponderou Rabello.

Os deputados querem ainda enxugar ao máximo a Agecopa e ficaram preocupados com as declarações do diretor Roberto França de que o excesso de funcionários foi decorrente de pedido de deputados e do próprio governo do Estado para acomodação de pessoas.

O certo mesmo é que a matéria vai chegar ao Parlamento Estadual e vai provocar muitas discussões, se públicas ou reservadas ninguém ainda sabe, mas que já existe descontentamento isto já existe.

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