A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso manifestou total aprovação à decisão do Governo de Mato Grosso pela substituição do modal de transporte entre Cuiabá e Várzea Grande. Em nota encaminhada hoje, a entidade declarou que “a decisão marca o fim de um imbróglio, determinando o início de um ciclo de melhor qualidade de transporte público para a população cuiabana”.
A decisão foi apresentada pelo governador Mauro Mendes, ontem, após a conclusão dos estudos técnicos elaborados pelo Governo de Mato Grosso e pelo Grupo Técnico criado na Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana.
O ofício pedindo a substituição da execução das obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) pela implantação do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) foi enviado na última sexta-feira (18.12) ao ministro Rogério Marinho, que comanda a pasta do Desenvolvimento Regional.
Conforme a Aprosoja, “a decisão mostrou-se viável em diversos pontos, tais como: menor custo, impacto, tempo e risco para implantação; menor previsão tarifária; maior capacidade de transporte de passageiros; baixo conflito regulatório e, ainda; fácil possibilidade de ampliação da rede”.
Os relatórios concluíram que o BRT terá mais vantagens à mobilidade da população cuiabana e várzea-grandense em razão da flexibilidade do modal, “pois consegue atingir regiões mais adensadas e mais distantes, bem como permite o seu prolongamento no futuro”.
“Além disso, permite também que um ônibus saia de um bairro, entre no corredor exclusivo e, sem qualquer integração, siga a outro bairro distante do corredor estrutural, garantindo conforto e agilidade para o usuário”.
Conforme os estudos, o traçado do VLT é inflexível, já que as zonas com maior atração de viagens estão há mais de 400 metros dos eixos, “especialmente as áreas centrais de Cuiabá e Várzea Grande”.
Outro ponto destacado pela comissão foi o valor da tarifa, que ficou orçada em R$ 5,28, montante muito superior ao do transporte coletivo praticado na Baixada Cuiabana, que é de R$ 4,10.
Já na hipótese de instalação do BRT, a tarifa ficaria na faixa de R$ 3,04, “impactando decisivamente no custo operacional do transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande”.