Mesmo com a redução constante do déficit mensal nas contas do Estado, o governador Mauro Mendes (DEM) ainda não deu um prazo para acabar com o escalonamento do pagamento do salário do funcionalismo público nem para pagar os proventos até o dia 10 de cada mês, conforme prometido por ele em campanha. O gestor disse compreender a necessidade dos trabalhadores, mas reforçou que precisa trabalhar pelos 3 milhões de mato-grossenses.
“Esta ansiedade é do servidor. São 100 mil servidores no estado de Mato Grosso que merecem todo nosso respeito. Mas nós, governo, trabalhamos com a expectativa de mais de 3 milhões de habitantes que vivem nesse Estado”, declarou, acrescentando que “vamos trabalhar, sim, para voltar todos [os salários] para o dia 10, mas estamos trabalhando para pagar os nossos fornecedores, para pagar os hospitais, para pagar o fornecedor de medicamento … por que isso traz dor e sofrimento”.
O governo mostra evolução nas datas de pagamento dos salários escalonados. Em janeiro, os subsídios foram pagos nos últimos dias do mês. Em março, as contas terminaram de ser pagas perto do dia 20.
A gestão de Mauro está reduzindo o rombo financeiro gradativamente. Em janeiro, balanço do governo apresentou rombo de R$ 168 milhões, em fevereiro o saldo negativo foi de R$ 118 milhões e em março caiu para R$ 60 milhões. Nesta matemática pode ser colocado o aumento de arrecadação e o arroxo nas contas públicas proporcionado pelo decreto de calamidade financeira.