O deputado federal José Medeiros (Podemos) comentou, hoje, no plenário da câmara, a confusão em que se envolveu, nesta quarta-feira, com Aliel Machado (PSB-PR). Segundo ele, o motivo da irritação que deu início à confusão foi a informação publicada pela Folha de São Paulo, de que cada deputado teria recebido uma oferta do governo federal de R$ 40 milhões para votar favorável à reforma da Previdência.
“É uma mentira deslavada. Muita gente do meio político deveria estar na cadeia, sim. Mas tem muito pai de família. E eu não aceito um malandro pegar um microfone para fazer insinuações de que estamos pegando dinheiro para votar aqui. Isso é um desserviço para o parlamento brasileiro. Passei o final de semana inteiro ligando para deputados. Participei de todas as reuniões, não houve oferecimento, mas querem achovalhar”.
Medeiros se irritou com Aliel, que, durante pronunciamento, citou a informação publicada pela Folha. O deputado mato-grossense, então, chamou Machado de “vagabundo” e foi até ele. Os dois precisaram ser contidos por outros parlamentares, que evitaram uma confusão maior.
“Ontem foi discutido aqui, intensamente pelos deputados da oposição, uma reportagem da Folha de São Paulo sobre a articulação da reforma da Previdência. Fiquei extremamente indignado, com alguns deputados que, pegando carona nisso, começaram a dizer, por vias transversas, que tinha deputado aqui colocando R$ 40 milhões no bolso”, afirmou, hoje, Medeiros.
O parlamentar ainda criticou o veículo de comunicação paulista. “Virou uma espécie de ‘247’: assessoria de comunicação do PT. Eu venho refutar em nome da verdade, do povo mato-grossense que me mandou para cá e de todos os brasileiros que confiam em seus deputados. Porque aqui tem deputado decente. Eu nunca subi para xingar ninguém ou chamar de ladrão. Agora, eu me contraponho de forma muito forte, quando o sujeito tem teto de vidro e vem aqui querer posar de vestal. E como tem dessa raça, desse tipo, como tem desse vírus aqui”.
José Medeiros, que já foi senador até 2018, é vice-líder do governo na câmara, desde fevereiro deste ano. Ele foi eleito com mais de 82 mil votos.