O conselheiro presidente Antonio Joaquim disse, hoje, que deixará em definitivo o Tribunal de Contas de Mato Grosso a partir do mês de outubro. O pedido de aposentadoria já foi protocolado e, durante o mês de setembro, usufruirá de um mês de férias. Explicou que vai se dedicar à atividade partidária, retomando vida político eleitoral abandonada quando assumiu o cargo no TCE, em abril de 2000. "Estou me reinventando. Vou em busca de novos desafios", disse. Segundo ele, o período vivido no Tribunal de Contas foi muito importante para a sua formação e conhecimento em gestão pública.
Joaquim também afirmou que está deixando o cargo com a consciência tranquila de que contribuiu para o aperfeiçoamento da instituição, especialmente ao liderar a mudança para o atual modelo de fiscalização, focado na análise de atos de gestão, atuação concomitante e processos que tenham materialidade, relevância e/ou risco. Antes, o TCE tinha foco em contas anuais e somente julgava processos ao final de sua conclusão. "As obras da Copa do Mundo, que não foram julgadas até hoje porque não foram entregues, obrigaram o TCE a rever seu modelo de atuação, de esperar a conclusão do processo para intervir. Com o novo modelo, aprovado e colocado em prática a partir de 2016, jamais o Tribunal de Contas cometeria o erro que ocorreu com essas obras da copa", disse.
A despedida do conselheiro Antonio Joaquim foi exaltada por todos os seus pares presentes na sessão. O conselheiro vice-presidente Valter Albano considerou a decisão "coerente com a sua história de vida", uma pessoa que nunca se acomodou e sempre buscou novos projetos. Para Albano, o conselheiro Antonio Joaquim reúne os melhores atributos possíveis a um homem público para galgar outros postos. "É um caso raro de gestor, que demonstra ter clareza de conceitos, visão estratégica com capacidade de olhar o futuro e não ficar preso na rotina do cotidiano. É muito bom de decisão, porque tem coragem de enfrentar os problemas. Não abdica de suas responsabilidades e delega com controle. Finalmente, é um homem conciso, na comunicação e no fazer, adepto do conceito da celeridade", enumerou.
Os conselheiros substitutos Luiz Henrique Lima e Luiz Carlos Pereira destacaram o respeito e o reconhecimento que Antonio Joaquim conquistou em âmbito nacional, pela sua atuação como dirigente da Associação Nacional dos Membros de Tribunais de Contas (Atricon). Henrique citou a bandeira empunhada pela criação do Conselho Nacional dos Tribunais de Contas (CNTC). O conselheiro Waldir Teis disse que Joaquim é "um homem que alia discurso com a prática, o que lhe confere inegável credibilidade". O conselheiro Domingos Neto confessou admiração pela sua capacidade de trabalho e pela coragem. Já o conselheiro José Carlos Novelli citou alta produtividade das duas gestões de Antonio Joaquim como presidente do TCE. E o procurador-geral do Ministério Público de Contas, Getúlio Velasco, disse que o presidente era um exemplo de sabedoria e energia, uma "pessoa que não se conforma com o que é ordinário".
Antonio Joaquim pode ser candidato a governador ano que vem.
A informação é da assessoria.