O presidente regional do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, retoma os entendimentos na construção de uma chapa única para a disputa pelo governo do Estado. A sucessão do governador Silval Barbosa, que não pode mais se reeleger, vai levar o partido a procurar o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antônio Joaquim, para abrir as portas da sigla peemedebista e dispute as eleições, caso o mesmo realmente retome sua vida pela política eleitoral.
Sem perder de vista as negociações com outros grandes partidos como o PT que liberou a pré-candidatura de Lúdio Cabral através de uma resolução que em tese possibilita ao mesmo abrir conversações com partidos aliados e reforçar o palanque da presidente Dilma Rousseff que é candidata a reeleição, Carlos Bezerra quer assegurar a participação do PMDB no processo sucessório sendo que para isto espera ter o aval da maioria das siglas que hoje dão sustentação política ao governo Silval Barbosa.
Mesmo sem assumir publicamente que é candidato por causa de uma vedação constitucional, o conselheiro Antônio Joaquim se tornou um dos mais assediados no processo eleitoral deste ano que sofre com os altos e baixos de nomes colocados mas que no melhor do jargão político não teriam decolado. A busca de nomes por partidos e coligações alimenta a possibilidade de um maior entendimento por parte das siglas aliadas na busca da candidatura ideal.
Com forte militância no PDT por quem exerceu mandatos de deputado estadual e federal e uma restrita militância pelo PSDB, até que se desvinculou da política eleitoral por ter sido indicado e aprovado para o Tribunal de Contas há 13 anos, Antônio Joaquim não teria problemas em estar filiado em partidos como o PMDB e até mesmo o PT, apesar de ter deixando muitos companheiros no PDT, sigla que estaria distante de suas pretensões por já ter o nome do senador Pedro Taques como candidato ao governo do Estado neste ano.
No seu histórico político, existem fatos como o apoio a candidatura derrotada de Luiz Inácio Lula da Silva contra Fernando Collor de Mello que viria a ser eleito e posteriormente se tornar o primeiro presidente da República a renunciar e ter seus direitos políticos cassado pelo Congresso Nacional, diferente de Jânio Quadros que só renunciou.
De uma possível sinalização positiva de Antônio Joaquim, o PMDB passaria da condição de coadjuvante na disputa eleitoral para carro-chefe de uma candidatura que se reunir partidos como o PR, PT, PSD, PTB entre outros teria amplas chances de colocar o nome como favorito na disputa eleitoral que teria ainda um forte palanque nacional que trabalha para vencer em Mato Grosso, feito ainda não experimentado nem por Lula, nem por Dilma Rousseff.