"Eu não vou bater boca com ex-presidiário". Essa foi a reação do ex-senador Antero Paes de Barros, manifestada há pouco, em entrevista ao Só Notícias, quanto as declarações do presidente afastado da Assembleia, José Riva, que ele estaria por trás de uma 'armação' com o empresário Junior Mendonça, operador e delator do esquema de empréstimos fraudulentos que seriam pagos com recursos públicos e destinados para políticos mato-grossenses. Riva é um dos investigados pela justiça, na Operação Ararath, e ficou 4 dias preso, semana passada, em Brasília. "Ele falou que eu estimulei Junior Mendonça a fazer delação premiada. Se o empresário entrar em minha sala nem sei quem é. Posso ter cumprimentado ele em alguns lugares mas nunca troquei 3 minutos de conversa. Portanto, não seria eu a sugerir pra ele fazer delação premiada", rebate Antero. "Também não conversei com o senador Pedro Taques sobre essa delação premiada. Mas, se eu tivesse alguma relação com Mendonça seria favorável à delação premiada. Já tenho feito a campanha 'Fala Éder' (referindo-se ao ex-secretário Eder Moraes, que também está preso acusado de empréstimos fraudulentos) porque muitas se Eder falar tudo o que sabe muitas verdades vão aparecer", emendou.
"Recebi telefonemas hoje me parabenizando pela prisão do Riva, mas infelizmente não é verdade. Não tenho participação na prisão dele que me acusa de fazer parte de comitê da maldade. Quem faz mal? Quem comete o crime ou quem pede para o crime ser apurado ? Não tenho culpa se ele tem mais de 100 processos, se é ex-presidiário", rebateu. "Que poder eu teria junto a um ministro indicado pelo PT ?", expôs, referindo-se a Dias Toffoli, do STF, que mandou prender, e depois soltar Riva. "Enquanto Riva fala disso, ele não fala o que realmente fez com Junior Mendonça. Riva quer criar cortina de fumaça para encobrir reais motivos de sua prisão. A população aplaudiu prisão dele e o povo espera que seja o futuro dele: cadeia. Quem fez isso para merecer prisão é ele porque tem mais de 180 processos", afirmou Antero.
O jornalista e ex-senador acrescentou que "é proibido fazer empréstimo em factoring, com Estado pagando. Isso é corrupção Pessoa física não pode fazer empréstimo em factoring. Só pessoa jurídica. Então, ficou claro o crime tanto é que o ministro do STF reteu passaporte dele (Riva). Graças a Deus a Polícia Federal e Ministério Público estão apurando os crimes", concluiu.
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