O ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB), pré-candidato ao Senado, defende que os salários dos bombeiros, policiais civis e militares de todo o país sejam equiparados aos valores pagos no Distrito Federal (DF). Atualmente, os policiais do DF recebem um salário em torno de R$ 4 mil, enquanto em Mato Grosso, o salário de um policial militar em início de carreira é de R$ 1.600 e do civil é de R$ 1.870.
Para Antero, as despesas relacionadas à segurança pública de todos os Estados da Federação devem ser pagas pela União, como já acontece no Distrito Federal. "O Distrito Federal paga mais porque é a União que paga. Queremos para Mato Grosso e para todos os Estados da federação o mesmo tratamento que é dado ao Distrito Federal", afirmou.
Policiais civis e militares de todo o país estão lutando para conseguir a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 300, de autoria do deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP), que prevê um piso nacional para a categoria. Em março deste ano, a Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro turno, o texto-base da proposta.
A PEC 300 (emenda aglutinativa das PECs 308 e 446) estipula um piso nacional de R$ 3,5 mil para os profissionais em início de carreira e de R$ 7 mil para o último nível entre os policiais civis e militares, além do Corpo de Bombeiros e agentes prisionais.
Para Antero, a iniciativa implicaria em um maior ônus ao Governo Federal. No entanto, a população estaria mais segura. "As pessoas têm direito de ter uma boa segurança. Com isso, será possível realizar concursos públicos para suprir a carência de aproximadamente sete mil policiais que o Estado tem atualmente", ressaltou. "Uma outra alternativa seria que as atuais folhas de pagamento continuassem sendo de responsabilidade dos atuais governos e a complementação desse valor fosse feita pela União", sugeriu Antero.
A proposta foi apresentada nas duas últimas semanas, em reuniões com a militância e lideranças de várias regiões de Mato Grosso, nas quais Antero apresentou sua intenção de disputar uma vaga ao Senado pela coligação PSDB/DEM/PTB.