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Antero ataca Blairo Maggi, mas não se anima a disputar o Governo

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O senador Antero de Barros (PSDB) segue igual: firme no ataque, duro nas críticas, mas extremamente cauteloso quando o assunto é candidatura ao Governo de Mato Grosso. Experiente, o político garante que o seu partido terá um nome capaz de enfrentar o projeto da reeleição de Blairo Maggi. Porém, evitou declinar possíveis candidaturas. Limitou-se a dizer que “o PSDB tem bons nomes” e sobre a sua eventual indicação pelo prefeito Wilson Santos, que o lançou como o melhor quadro para disputar o Governo, foi quase taxativo: prefere disputar a reeleição ao Senado Federal.

“O nome para governador tem que ser decidido sem pressa” – disse Paes de Barros, contrariando a tese da maioria dos procedimentos político-partidários, que acham que o nome para disputar o Governo do Estado precisa estar em maior evidência com um prazo relativo. Essa situação, em verdade, tem sua razão de ser: o PSDB de Mato Grosso ainda espera que a verticalização prevaleça no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF). Na Câmara dos Deputados, na avaliação dele, o assunto é fatura liquidada.

A permanência do sistema de alianças vigente favoreceria ao PSDB em Mato Grosso. Em dos sentidos: primeiro porque – em função da pré-aliança nacional – poderia acabar fechando um entendimento com o PFL no Estado, que é, por outro lado, uma das grandes bases de sustentação do projeto da reeleição de Maggi. Ou seja: enfraqueceria o principal adversário e ainda poderia contar com o apoio dos liberais. Razão de sobra, portanto, para esperar o julgamento das ações que tentar barrar o fim da verticalização.

Uma coisa Paes de Barros deixou claro: independentemente do rumo que seguir os procedimentos jurídicos ou mesmo o debate eleitoral, o PSDB não vai apoiar Maggi a reeleição. O partido firmou entendimento de oposição mesmo. “Não vamos apoiar esse Governo em nenhuma circunstância” – frisou, ao assegurar que o partido terá candidato para disputar o comando do Estado. “Estamos na regra do judô” – disse o senador sobre a tese que orienta a cautela que os tucanos estão tendo para tratar do tema. Antero, apesar disso, não assume em nenhum momento a condição de ser esse candidato.

Aliás, a postura de Antero em relação ao Governo não altera: enumera críticas e mais críticas. E nem poderia ser diferente para quem é oposição, claro. “Maggi perder uma oportunidade histórica: chegou livre e se atropelou com os seus compromisso. Isso o levou ao descrédito” – disse. “Até o momento não quebrou nenhum paradigma que falou em sua campanha”. As condenações ao Governo vão da agricultura à pecuária, passando pelo social e infra-estrutura. Esperto, joga com os prefeitos ao lembrar que os municípios nunca receberam 50% do Fundo Estadual de Transportes e Habitação (Fethab). “Ele fez um bom trabalho no asfaltamento” – diz, para lembrar a base deixada pelo Governo do PSDB.

Se o PSDB no Estado não tem pressa para definir quem será o “homem a “bater” Blairo Maggi”, no cenário nacional as datas estão praticamente definidas. Antero de Barros lembrou que até março os tucanos decidem entre José Serra, prefeito de São Paulo, derrotado por Lula em 2002, ou Geraldo Alckmin, governador de São Paulo. Pessoalmente, evitou declinar sobre sua preferência: “Qualquer um dos dois será o futuro presidente da República” – disse, demonstrando uma confiança que durante todo o tempo não conseguiu deixar evidente quando tratou do cenário político estadual.

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