Os prováveis novos diretores da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Juliano Noman, Hélio Paes de Barros Júnior e Ricardo Maia Bezerra, aprovados em sabatina da Comissão de Infraestrutura do Senado ontem, se comprometeram a atuar de maneira firme para que o aeroporto Marechal Rondon receba obras adequadas e deixe de ser o ‘pior aeroporto’ das capitais brasileiras. A sessão foi presidida pelo senador mato-grossense Wellington Fagundes, líder do Partido da República, que cobrou empenho dos atuais dirigentes.
Wellington mantém a agenda de articulação com o Governo pela reforma do aeroporto, situado em Várzea Grande – região metropolitana de Cuiabá. Após audiência com o novo ministro da Aviação Civil, Mauro Lopes, nesta terça-feira (22), ele afirmou que as conversações que teve, tanto com Mauro quanto com a presidente Dilma Rousseff, na última semana, tendem a “um breve final satisfatório para a capital mato-grossense”.
“O terminal está no centro do país e da América Latina, e com certeza possui potencial para ser um hub internacional de referência para pousos e decolagens”, prospectou. “Há 15 anos o aeroporto passa por essas infindáveis obras, sem que haja conclusão. Não podemos deixar que um lugar com esse potencial permaneça sendo o pior terminal brasileiro, como foi aferido no pós-Copa, em 2014”, alertou o senador.
Conexão Pacífico – O diretor de planejamento da Empresa de Logística e Planejamento (EPL) do Governo Federal, João Victor Domingues, já havia adiantado a Wellington, na última quinta-feira (17), que o aeródromo da capital mato-grossense tem potencial inclusive para tornar-se um terminal de interligação com países do Pacífico, como China e Japão.
Para o senador, mesmo quando o país possui condições de efetuar investimentos na logística, precisa de projetos de qualidade. “A iniciativa de dialogar com a EPL é uma via de mão dupla. Ao mesmo tempo em que, no Parlamento, damos apoio a esta tão importante empresa brasileira de projetos, necessária ao desenvolvimento do Brasil, também angariamos a cooperação técnica para os trabalhos da Frente Parlamentar de Logística de Transportes e Armazenagem (Frenlog), que presido. Assim, nosso trabalho político diário ganha um aporte técnico muito grande”.
“No Sul do nosso país não há aeroporto que possa assumir a função de interligar com o Pacífico. Só temos os aeroportos de São Paulo para tal. Nós precisamos ter alternativas a isso”, afirmou João Victor. O diretor disse ainda que, num momento de dificuldade econômica como o que estamos passando, encontra-se o ensejo para avanços na construção de novos projetos.