O projeto de lei que propõe a terceirização da coleta de lixo está em tramitação na câmara municipal. O prefeito Asiel Bezerra (PMDB) pediu a votação em regime de urgência, mas foi negado. Um dos parlamentares contrários ao projeto é o vereador Dida Pires. “Pelo que levantei, essa terceirização vai oferecer de R$ 200 a R$ 250 mil ao mês para a prefeitura. Hoje, a prefeitura arrecada R$ 800 mil ao ano com a taxa de coleta. Então acredito que essa privatização vai na verdade, onerar e sair do bolso do contribuinte, que já está saturado de impostos”, disse ele, ao Só Notícias.
O projeto, caso seja aprovado, oferecerá ao ganhador da licitação o direito de explorar o serviço pelo prazo de cinco anos. Prevê que o executivo terá prazo de 60 dias para promover a licitação e dar andamento nos trâmites legais.
Pires afirma que a coleta de lixo sempre apresentou problemas e nos últimos meses vem se agravando devido à falta de prioridade de investimento da prefeitura no setor.
“Sou contrário, pois começou a haver pressão em cima de vereadores para que o projeto fosse votado. Isso cheira mal”, disse. Ele ressalta ainda que seria melhor a prefeitura investir na compra de caminhões, como tem feito as administrações de cidades bem menores que Alta Floresta.
“Com R$ 320 mil a prefeitura consegue adquirir dois caminhões. Outra questão é o que fazer com os servidores concursados. Seriam remanejados para outras secretarias mas isso iria continuar onerando os cofres públicos, então acho inviável”, afirmou.