A prefeita de Alta Floresta, Maria Izaura, encaminhará à câmara municipal novo projeto solicitando aprovação da casa de leis para usar crédito adicional no orçamento de R$ 6 milhões. Na última terça-feira, conforme Só Notícias já informou, os parlamentares reprovaram o projeto por 5 votos a 4. “Precisamos que seja autorizado utilizar esse recurso e, principalmente, que tenhamos orçamento para empenhar as despesas necessárias à administração até o final do ano”, disse Izaura, ao Jornal da Cidade.
Com dinheiro em caixa e falta de dotação orçamentária, a administração municipal cogita paralisar algumas obras e que pode atrasar pagamento de fornecedores e servidores em novembro. “A população pode ser penalizada se não for autorizado o orçamento”, concluiu a prefeita.
O montante, de acordo com a assessoria, é excedente na arrecadação do município prevista para este ano, que foi de R$ 47,5 milhões. A legislação prevê que, caso haja excedente na arrecadação prevista pelo executivo, poderá ser investido nas secretarias com a autorização da Câmara de Vereadores.
A prefeita reclama do posicionamento dos vereadores de oposição – Edson Apolinário, Doglas Arisi, Luiz Carlos (os três do PP), Paulo Florêncio (DEM) e Lau da Rodoviária (PTB) – que votaram contra a suplementação. “Até agora eu não consegui, sinceramente, entender porque votaram contra, mesmo sendo aprovado pelas comissões”, afirmou.
Doglas Arisi explicou que o projeto contém muitas falhas e por várias vezes pediu explicações, principalmente sobre gastos da prefeitura em outra suplementação e não foi atendido. “A função básica do vereador, além da legislação, é fiscalizar. A suplementação é estranha. Aprovamos R$ 5 milhões em julho e, no mês de agosto, a prefeitura pede a aprovação de mais R$ 6 milhões. Pelos levantamentos que fizemos, a prefeitura gastou nos três meses antes do processo eleitoral, mais de R$ 20 milhões. Isso gera uma dúvida imensa”, declarou, ao Jornal da Cidade.