O setor produtivo de Alta Floresta se posiciona hoje sobre as estratégias que adotará diante do decreto federal que proíbe o desmatamento. Representantes de sindicatos, associações e outras entidades se reúnem às 15 horas, com a prefeita Maria Izaura Dias para debater o assunto. Esta semana, Izaura, além de outros prefeitos da região, participou de um encontro em Brasília, com deputados federais e senadores.
Ela destacou que, a principal preocupação, é que a decisão provoque o caos na economia local e regional. “Não podemos ficar a mercê das idéias da ministra Marina Silva, que realmente é ambientalista e não está importando com as famílias que aqui residem. Estamos pedindo apoio da nossa bancada, do Ministro da Justiça e da ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, para que eles se sensibilizem principalmente com a população que já está aqui e está tentando se adequar dentro das questões ambientais”, declarou, por meio da assessoria.
A Famato – Federação da Agricultura Mato-grossense – também moverá ação judicial coletiva, em conjunto com as prefeituras dos 19 municípios afetados pelo decreto, para que o Governo Federal reveja alguns pontos. “Acreditamos que com a ação da Famato e com os nossos deputados federais e senadores, sensibilizando os demais ministros, colaborem com a suspensão, primeiramente, do decreto, e depois na mudança de alguns pontos que consideramos mais graves”, completou.
Pelo decreto presidencial 6.321 de dezembro de 2007, novos desmates estão proibidos em 19 municípios de Mtao Grosso, onde também será necessário o recadastramento das propriedades.
Ontem, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que os empresários do agronegócio na Amazônia que estão em situação regular não precisam se preocupar com a medida.
Porém, o Governo do Estado também contesta os dados de devastação nas cidades mato-grossenses e vai cobrar a revisão.