A reforma prevista no hospital Albert Sabin deve ser feita apenas quando for escolhida a Organização Social que gerenciará a unidade. A Secretaria Estadual de Saúde decidiu rescindir o contrato feito com uma empresa, de Cuiabá, que faria as obras. “A empresa esteve aqui [em Alta Floresta] mas não quis fazer a reforma alegando que a planilha entregue pela Secretaria [de Sáude] não era compatível com o trabalho que era para ser feito e queria aditivo para iniciar”, explicou, ao Só Notícias, a prefeita Maria Izaura.
O adicional pedido era de 5% em relação ao recurso a ser investido, que somava aproximadamente R$ 670 mil. “O secretário [Pedro Henry] não concordou e decidiu rescindir o contrato, o que eu concordo. O responsável pela empresa leu o edital, sabia o que era para fazer mas queria um aditivo de aproximadamente 5% alegando que a empresa seria prejudicada”, destacou.
Com isto, os trabalhos que devem ser feitos ficará a cargo da Organização Social de Saúde que será escolhida para gerenciar a unidade. “Quando passar a gestão para a OS, será repassado o recurso para que ela faça a reforma, segundo a Secretaria de Saúde”, acrescentou a prefeita. Não está definido quando será feito o chamamento público para escolher a organização.
A rescisão contratual já estava prevista em agosto, porém, a publicação foi feita em Diário Oficial do Estado que circulou ontem. Conforme Só Notícias informou, a ordem de serviço para a construtora iniciar as reformas foi assinada em 10 de junho, pelo governador Silval Barbosa, no município. Na ocasião, o secretário Pedro Henry afirmou que as adequações eram o primeiro passo para a “estadualização” da unidade. A empresa, de acordo com a autorização, tinha 150 dias para conclusão dos trabalhos.
As reformas, conforme Maria Izaura, compreendem a conclusão de uma ala destinada a maternidade e, outra, para uma segunda enfermaria, ampliando a quantidade de leitos; reformar ainda uma ala que após pronta será destinada a UTI – Unidade de Tratamento Intensivo -, além de adequar lavanderia e cozinha do hospital. “As obras começaram e foram paralisadas. Tinha um TAC assinado de R$ 1 milhão. O governo só liberou R$ 400 mil e a empresa iniciou os trabalhos, mas como não teve mais repasses, não foram concluídos”, disse.
A unidade foi repassada ainda no primeiro semestre para o Estado. O termo de cessão de uso da unidade foi aprovado pela Câmara de Vereadores, em maio e, entregue oficialmente para o Governo Estadual em junho. A unidade é referência regional. Atende pacientes de Alta Floresta, Apiacás, Carlinda, Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde, Paranaíta e até do sul do Pará. Após a estadualização, as despesas inerentes à administração e funcionamento do hospital ficarão a cargo da Secretaria Estadual de Saúde.