Depois de quase três meses, a situação da comunidade Santa Lúcia continua indefinida. A prefeitura de Alta Floresta aguarda um parecer da Secretaria do Estado de Planejamento (Seplan) e deve continuar na briga pela posse da área, informou a assessoria. De acordo com uma lei de 1994, aprovada pela Assembléia Legislativa, a localidade pertence ao município vizinho – Carlinda.
Mas, nesses 14 anos, a comunidade vinha sendo administrada e recebendo investimentos de Alta Floresta, tanto para saúde, educação, social, obras, entre outros. Já os recursos do Governo Federal para estas áreas, definidos de acordo com o número de habitantes, estariam sendo destinados à Carlinda.
O levantamento feito pela Seplan deve apontar quais os limites da área que pertencem ao município vizinho. A contagem populacional, encerrada recentemente na região pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), contabilizou os moradores da comunidade ao território carlindense.
Mesmo com a indefinição, a prefeita de Alta Floresta, Maria Izaura Dias, afirmou que o município continuará a manter os serviços no local, mas deve cobrar uma solução. Uma das hipóteses seria o ressarcimento aos cofres públicos pelos investimentos feitos na comunidade.
Estima-se que cerca de três mil pessoas residam na Santa Lúcia.