Os caciques das siglas também começaram a se articular para definir qual candidatura apoiar, a dos tucanos ou a dos republicanos. O que for decidido agora pode ser fundamental para a próxima eleição, em 2010.
O prefeito e candidato a reeleição, Wilson Santos, tem garantido até o momento o apoio dos partidos considerados “nanicos”, mas não pode contar integralmente um aliado certo do primeiro turno, o PDT. A sigla vive um momento de muita indecisão e está “rachada”. Os candidatos a vereador do partido que não se elegeram estão insatisfeitos e já sinalizam um apoio ao candidato Mauro Mendes. Os derrotados reclamam da falta de apoio e do dinheiro para a campanha que não teria chegado. Outra ala ainda resiste e quer manter a posição do primeiro turno. Alonso Alcântara, que também se candidatou a vereador, foi escolhido para encabeçar o processo de negociação, que está em andamento.
O Partido Progressista (PP) ainda não se definiu e deixou tudo aberto. Uma das principais forças políticas da agremiação, o presidente eleito da Assembléia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), José Geraldo Riva, disse que Walter está com autonomia para escolher quem vai apoiar. Mas a tendência é que o PP vá para o lado do PR, principalmente se levado em conta que o governador Blairo Maggi, padrinho político de Mendes, lançou Riva como candidato ao senado, trazendo o progressista para o seu lado. Inteligente, Riva vai valorizar esse apoio.
De Brasília, a cúpula nacional do DEM determinou que o partido apoiasse o PSDB nas cidades onde haverá segundo turno, mas isso não é garantia de que em Mato Grosso os democratas ficaram de mãos dadas com Wilson Santos. Existe muita resistência. Historicamente os democratas mato-grossenses costuram suas alianças de acordo com a necessidade regional e muitas vezes resistem às imposições que vem de cima, dos grandes caciques da sigla.
Nos bastidores, uma notícia vem sendo muito comentada. Está em andamento uma aliança que pode mudar o rumo da política nacional e mato-grossense. A conversa é que democratas e tucanos estão estudando a possibilidade fazer a fusão das duas siglas até 2010. A decisão pode acabar enfraquecendo, pois durante esse processo muitos políticos podem desertar, não aprovando a aliança. O momento é de cautela, articulação conversa.