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Além de vaga ao Senado, PR também quer indicar vice na chapa ao governo

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Em que pese reuniões paralelas estarem ocorrendo, os principais partidos da base aliada (PSD, PMDB, PT e o PR) se reúnem nos próximos dias para “fechamento de questão” sobre a composição da chapa majoritária. Não será uma tarefa fácil encontrar um denominador comum, considerando as três pré-candidaturas ao governo do pessedista Chico Daltro, do petista Lúdio Cabral e do peemedebista Julier Sebastião da Silva.

O foco no encontro deverá ficar por conta dos republicanos. Relegado ao segundo plano nos debates com a oposição do senador Pedro Taques (PDT), o PR avisa que “deverá estar com os governistas”. A missão dos republica-nos se atém a tentativa de emplacar um indicado da legenda para chapa majoritária, almejando inclusive a “vice”. Essa análise partiu ontem, do primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado Mauro Savi (PR).

O PR, segundo Mauro Savi, “nunca deixou a base, atendendo apenas pedido para avaliações feito pelo PDT”, que não surtiram o efeito esperado. A legenda trabalha oficialmente o projeto ao Senado do presidente estadual, deputado federal Wellington Fagundes. Com a inclinação do PDT de caminhar com os planos de reeleição do senador Jayme Campos (DEM), republicanos viram seu espaço minado, dando sinais agora de que pode permanecer no grupo governista. Essa é a posição de Savi, ponderando a urgência para se realizar reunião ampliada para selar consenso sobre o tema. É nesse viés que ele sugere a batalha para que o PR ocupe lugar de destaque, podendo abrir mão do projeto ao Senado.

“O PR tem condições de ter um nome na majoritária. A sigla tem bons nomes como o ex-prefeito de Água Boa Maurício Tonhá”, ponderou. O nome de Savi também é aventado para assumir a função de vice. O partido tenta se reequilibrar dada a atual conjuntura. Está “órfão” com o afastamento das discussões do seu maior líder, o senador Blairo Maggi, por ter tido seu nome envolvido na Operação Ararath.

No encontro, o peso de cada legenda será posto numa balança delicada. O PSD de Daltro não abre mão de estar na majoritária, seguindo com isso resolução editada pela Executiva nacional, que determina a construção de projeto majoritário.

Daltro anunciou possível rompimento com a base face a “entendimentos à margem entre o PT e o PMDB”, que se reuniriam na noite de ontem, em Cuiabá. Na segunda-feira, um líder do PMDB teria contornado o mal estar com o pessedista, que aguarda a próxima reunião para aparar arestas. O PSD avalia ainda o nome do presidente da Famato, Rui Prado, sendo destaque para o pleito por agregar a força de segmentos do agronegócio. Prado já deu largada às articulações políticas nesta semana. A definição de seu projeto no PSD passará por discussões internas, já que o nome de Daltro foi oficializado como pré-candidato ao governo.

O PMDB tenta assegurar a Julier o posto de líder de chapa, avaliando ainda uma indicação dele ao Senado. O alinhamento entre o PT e o PMDB nacional aproximou as duas legendas no Estado. Esse entrosamento desperta reações em Mato Grosso, leia-se o PSD, porque o tema não foi posto para debate no Fórum das legendas aliadas.

O PT defenderá o nome de Cabral, mesmo após resistência da direção regional. É nesse embate interno entre siglas aliadas que o PR colocará à prova sua força política. O desgaste das tratativas entre republicanos e o PDT deixou o partido numa saia-justa com a “situação”. Governistas resistem a chance de ceder espaços prioritários para o PR. São debates que só terminam no final deste mês, nas convenções.  

 

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