Com votos dos senadores de Mato Grosso, Jayme Campos (DEM) e Selma Arruda (PSL) o senador David Samuel Alcolumbre (DEM-AP), foi eleito, há pouco, presidente do Senado Federal. Ele obteve outros 40 votos. Alcolumbre concorreu com Fernando Collor (PROS-AL) que teve 3 votos, Reguffe (sem partido- DF) 6 votos, Ângelo Coronel (PSD-BA) 8 votos, Renan Calheiros (MDB – AL) 5 votos, Esperidião Amin (PP- SC) 13 votos.
“Depois de dois dias tumultuados conseguimos uma grande vitória e elegemos o parlamentar Davi Alcolumbre (DEM-AP) como presidente do Senado. Depois de 20 anos conseguimos tirar o MDB da presidência. A alternância do poder é primordial para a manter a democracia. Agora vou trabalhar por mais transparência nessas eleições. É isso que o Brasil quer”, disse Arruda através da assessoria.
Alcolumbre é senador de primeiro mandato, teve uma atuação discreta nos primeiros quatro anos de mandato no Senado. Na disputa pelo comando da Casa, revelou-se um hábil articulador, congregando os adversários de Renan Calheiros e os aliados do governo federal. O novo presidente contou com o apoio do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também filiado ao DEM.
A eleição estava sendo realizada pela segunda vez hoje, após ser encontrada uma cédula a mais na urna. Neste momento, que os senadores definiam como iria ser conduzida a eleição o senador Renan Calheiros (MDB-AL) anunciou a retirada de sua candidatura à presidência do Senado. “Se eles podem tudo, sou eu que vou ser contra a Constituição? Não sou candidato, para defender a democracia e o interesse do Brasil”, disse.
O anúncio de Renan foi na segunda votação porque, na primeira, havia 80 envelopes com 80 cédulas e outras duas cédulas avulsas na urna, o que levantou suspeitas sobre fraude nas eleições. O total de senadores é de 81.
Os senadores mato-grossenses Jayme Campos (DEM) e Selma Arruda (PSL) foram indicados por seus partidos para serem escrutinadores juntamente com pelo menos mais 5 senadores. Selma se manifestou por anular dois votos nas cédulas mas a maioria dos escrutinadores decidiu e o presidente da sessão, Jose Maranhão (MDB), decidiu fazer segunda votação.
Antes da primeira eleição, houve um embate sobre se a votação seria aberta ou secreta. Ontem (1º), após cinco horas de sessão, a maioria dos parlamentares decidiu pelo voto aberto. Mas uma decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli determinou que a votação deveria ser secreta.
Na primeira votação vários senadores mostraram seus votos como forma de transparência porque a votação foi secreta. A mato-grossense Selma Arruda foi uma das que mostrou para o plenário seu voto