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Alckmin é o que mais ganha votos na mais recente pesquisa, aponta JB

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A segunda rodada da pesquisa nacional JB/IBPS sobre as eleições deixa clara a importância estratégica das tentativas de aproximação entre Geraldo Alckmin (PSDB) e Anthony Garotinho (PMDB). Quando é retirado da simulação o nome do ex-governador do Rio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se aproxima bastante dos pontos necessários para ganhar ainda no primeiro turno.
Como a transferência de votos não é automática, no entanto, a questão passa a girar em torno dos contornos políticos da possível aliança. Como reagiria o eleitorado potencial de Alckmin ao apoio de um político polêmico como Garotinho? Um dado complica ainda mais a situação: o até agora pré-candidato do PMDB apresenta o maior percentual de rejeição apontado pela pesquisa.

Em comparação com os índices da primeira rodada da pesquisa JB/IBPS, realizada no início do mês, Geraldo Alckmin foi o que mais avançou, embora os atuais números sejam ainda discretos: o ex-governador de São Paulo passou de 26 para 31 pontos percentuais. Lula aumentou dois pontos e foi para 44% das intenções de voto.

Alckmin se aproximou da última posição de Serra, que tinha 35% das intenções de voto na primeira rodada da pesquisa, realizada no início do mês.

Nas simulações para segundo turno, o quadro permaneceu estável, embora Alckmin – caso consiga chegar lá – já demonstre boas possibilidades de ser um adversário perigoso para Lula.

Sempre computados apenas os votos válidos, na simulação entre Lula e Serra havia empate técnico. O ex-prefeito de São Paulo tinha 51 pontos, contra 49 de Lula.

Na simulação com Alckmin, ainda nos primeiros dias de março, Lula aparecia com 53 pontos percentuais contra 47 do ex-governador. Agora, a diferença está mais apertada, a favor de Lula: 52 a 48 pontos.

Quando Garotinho entra no cenário do segundo turno, o cenário permanece tranqüilo para Lula, que ganha por 65 contra 35 pontos percentuais, computados só os votos válidos. A situação estacionária de Garotinho na pesquisa é mais um dado que sugere a possibilidade de o ex-governador negociar apoio e se transformar num possível fiel da balança na eleição, caso mostre força para transferir votos.

Lula ainda leva uma boa vantagem na comparação do seu governo com o de Fernando Henrique Cardoso: 43,3% consideram o governo petista ”melhor” ou ”muito melhor”. FH só leva vantagem para 23,3% dos entrevistados.

A corrupção ganhou mais alguns pontos e lidera o ranking dos maiores problemas que o país enfrenta, com 25,2%, seguida pelo desemprego (20,5%) e violência (15,7%). Entre as prioridades para o novo presidente, as mais citadas são gerar empregos (23,2%), melhorar a educação (18.6%) e combater a corrupção (12%).

Baseada em 2.009 entrevistas realizadas entre 23 e 30 de março, em todo o país, a pesquisa tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 3646/2006.

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