O pré-candidato a presidente da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, disse, há pouco, em Cuiabá, que está sendo formada uma coligação forte para sua candidatura e, até agora, conta com apoio de 5 partidos. Isso "nos garante, de saída, 20% do tempo no horário eleitoral no rádio e na TV. A campanha começa por lei, a partir de agosto, e estamos percorrendo o Brasil ouvindo a população para a gente ter o melhor plano de governo", disse, em entrevista coletiva. Ele analisou as recentes pesquisas eleitorais e acredita que o presidenciável Jair Bolsonaro, que aparece em segundo nas intenções de votos, "não vai para o segundo turno. Não chega lá. As pesquisas neste momento não representam intenção de voto porque voto mesmo vai ser definido lá na frente quando definirem os candidatos. Muita gente tá dizendo que é candidato e não será", cutucou, referindo-se ao ex-presidente Lula -sem citar nomes- e que está preso. Lula aparece em primeiro nas pesquisas. “Nós vamos ter, do Rio Grande do Sul até Roraima, os melhores palanques do Brasil, com o primeiro ou com o segundo colocado no Brasil inteiro. Um outro aspecto: as alianças. Nós temos um quadro multi, pluripartidário. Nenhum pré-candidato hoje tem dois partidos".
Alckmin reuniu-se, ontem à noite, em Cuiabá, com lideranças do agronegócio, em Cuiabá, ouviu algumas das principais demandas do setor, principalmente sobre a necessidade de melhorar a logística. Alckmin enalteceu a força de Mato Grosso no agronegócio e defendeu a liberação da posse de armas em fazendas e demais propriedades agrícolas. Num discurso mais direto de confronto com Bolsonaro, Alckmin defendeu o porte de arma em áreas rurais e disse que pretende resolver o problema de segurança pública investindo em gente, criando uma Guarda Nacional que trabalhará a inteligência apoiada em tecnologia.
“Eu sou favorável que no campo você libere a questão da posse de arma, porque facilita. Eu morei em área rural até os 16 anos e é totalmente diferente de você morar na cidade. É até preventivo [ter arma]. Agora, quem tem que fazer inteligência, desbaratar quadrilha e prender quadrilha, é a polícia. O que é agência de inteligência? é unir a inteligência da Polícia Federal, das Forças Armadas e dos Estados. Roubo de defensivo, por exemplo: alguém vai assaltar, alguém promoveu a arma, alguém promoveu a logística, alguém recepta este produto. É uma organização, é um crime organizado. É dever do governo, através da Agência de Inteligência e Informação, desbaratar e prender esses criminosos”, declarou.
Esta manhã, juntamente com o governador Pedro Taques, Alckmin acompanhou as obras na rodovia Cuiabá-Chapada dos Guimarães, que tem uma ciclovia. Além de assinar uma ordem de serviço para iluminar um trecho da rodovia, ele ouviu palavras de apoio público do governador Pedro Taques, que deve buscar a reeleição. “Aqui você tem companheiro leiais que estão prontos para ajudar a você levar o Brasil no rumo que ele merece estar”, discursou Taques, rapidamente, antes de passar a caneta para o presidenciável assinar a ordem de serviço.
O líder do partido na Câmara, deputado Nilson Leitão, pré-candidato ao Senado, disse que “o PSDB quer construir uma candidatura ouvindo as suas bases, ouvindo a nossa gente, e por isso este será um primeiro momento de contato dele com os mato-grossenses”.
(Atualizada às 10:35h)