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Agricultura se transforma no “patinho feio” da administração de Maggi

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Vários nomes cogitados, partidos convidados, mas ninguém quer aceitar a Secretaria de Desenvolvimento Rural, que se transformou numa espécie de “patinho feio” da administração do Governo Maggi. A pasta deveria ser a mais “cobiçada” em função de Mato Grosso ser um Estado que é campeão nacional da produção de soja, que integra o grupo de elite da produção de arroz e algodão, e que ainda tem o maior e melhor rebanho bovino do Brasil. Mas não é isso que acontece. E a solução parece um pouco distante.

O que mais se vê em torno da definição do cargo são produtores querendo “passar longe” da Secretaria. Especialmente depois que o amigo do governador, o produtor rural e político Gilberto Goellner, expôs a situação da pasta. Goellner chegou ao ponto de se recusar a assumir o cargo – o que obrigou o governador a adotar ato extremo de tornar sem efeito o ato de posse, seguida de nomeação. Ficou o “buraco”.

A rejeição à Secretaria de Desenvolvimento Rural faz certo sentido. A pasta dispõe de menos de 1% do Orçamento do Estado. Tem menos dinheiro para movimentar que a Empresa de Pesquisas e Extensão Rural (Empaer) e o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), órgãos comandados pela própria secretaria. Do ponto de vista político a Seder é um verdadeiro cemitério. “Se o secretário quiser aparecer terá que contar com a bondade de quem está na Empaer ou no Indea” – explicou uma fonte do setor.

Com o Orçamento que tem a Seder não tem dinheiro para apoiar absolutamente quase nada. Se quiser promover a integração dos pequenos produtores para que incorporem técnicas de plantio mais rentáveis, o secretário vai precisar, por exemplo, pedir para a Empaer. Isso mesmo: pedir para a Empaer. Trabalhar com o agronegócio, principalmente carro chefe da economia de Mato Grosso, nem pensar. As somas do segmento são vultuosas se comparado aos recursos disponibilizados para a Secretaria. “Entrar nessa área do agronegócio é só para fazer firula” – acrescentou.

Área de atuação para a Secretaria de Desenvolvimento Rural não falta. Apesar de ser o maior produtor de grãos do Brasil, Mato Grosso tem apenas 6% de seu território ocupado com a cultura da soja. As pressões dos ambientalistas – inclusive no cenário nacional – não preocupam tanto o Governo a ponto de esvaziar a pasta. Até porque a própria comunidade internacional vem buscando meios de realizar investimentos no campo no Estado. A China é um país que têm interesse em transformar Mato Grosso no seu principal exportador.

Tantos atrativos e o governador Maggi não consegue um nome adequado para o setor. Depois da “devastação Goellner”, vários foram anunciados como eventuais convidados para ocupar o cargo. Até o atual presidente da Assembléia Legislativa, Zeca d´Ávila (PFL), que tem grandes divergências com o governador, foi apontado pelo seu partido como a opção do momento. Aqui, em verdade, uma queda de braço: Maggi já mandou avisar os principais líderes da sigla que não vai aceitar Ávila. O partido, porém, deverá insistir. A questão será tratada, no entanto, somente no dia 22. Até lá, o “patinho feio” fico a mercê do tempo.

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