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Agecopa diz que VLT deve ser o sistema de transporte para Copa

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O presidente da Agecopa, Eder Moraes, afirma que é uma tendência a escolha do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como modal de transporte em Cuiabá visando a Copa de 2014 e não mais o Ônibus de Trânsito Rápido (BRT). Segundo ele, a substituição deve ser confirmada pelo governador Silval Barbosa (PMDB) até essa quinta-feira (18).

Eder alegou ontem, durante audiência pública na Assembleia Legislativa, que o governador tem reunido elementos para a escolha a partir das últimas reuniões com representantes do governo federal. O impasse, no entanto, se deve ao fato de que a União já havia garantido recursos para a implantação do BRT e demonstra certa resistência para substituição de modais. "O governador teve a humildade de conversar com todos os técnicos e já percebemos que há uma tendência em favor do VLT, mas a decisão cabe ao governador em conjunto com a presidente Dilma Rousseff (PT)", afirma Eder, que apresentou no último sábado os estudos e projetos do modal ao prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB). O petebista já é um dos entusiastas da ideia, assim como o prefeito de Várzea Grande, Tião da Zaeli (sem partido).

Além do governo federal, a proposta para adotar o VLT e não o BRT terá que ser aprovada também pelo conselho administrativo do Aglomerado Urbano. Esse é mais um complicador para a troca. Outro agravante é que o Comitê Gestor da Copa (CGCopa) tem cobrado no sentido de que as definições ocorram ainda nessa semana.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), é um dos principais defensores do VLT. Ele afirmou ontem que os estudos apontam que o modal custaria algo em torno de R$ 700 milhões e não R$ 1,1 bilhão calculado anteriormente. Por isso, a troca seria viável, já que o BRT teria garantidos cerca de R$ 500 milhões confirmados pelo Palácio do Planalto. O dinheiro faltante poderia ser garantido junto a outras fontes, inclusive a iniciativa privada. "Não podemos também dizer amém para tudo o que o governo federal quiser. Temos que brigar para deixar um legado para Mato Grosso que se estenda além da Copa de 2014".

O governo estima gastar aproximadamente R$ 490 milhões para implantar o BRT, que implicaria em mais custos para desapropriação antes da efetiva implantação em relação ao VLT. Por ser considerada opção preferencial da classe política, os entusiastas da ideia alegam ainda que a iniciativa privada poderá ajudar na viabilização dos recursos para o Veículo Leve sobre Trilhos.

Outra vantagem alegada pelos defensores do VLT é que ele seria um atrativo além da Copa. O BRT foi apresentado ao governo federal pelo então governador e atual senador, Blairo Maggi (PR), em 2009.

Resistente – Blairo voltou a defender ontem a adoção do BRT. Alega que Cuiabá precisa ainda se dedicar a outros fatores, como cumprimento de prazo para obras e construção da Arena Pantanal. "Por isso, o ideal seria mantermos o que já foi combinado, mas o governador tem o direito de buscar o que ele entende ser o melhor para Mato Grosso".

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