O governador Silval Barbosa (PMDB) voltará nesta semana a ter dificuldades para convencer os deputados estaduais a não acabarem com a Agência da Copa do Mundo de Futebol (Agecopa). Depois de ter debelado uma possível extinção com um entendimento construído dentro da própria bancada governista, com mudanças para gestão presidencialista em vez de colegiada como ocorre hoje, o chefe do Executivo será duramente pressionado na reunião desta terça-feira, 22, pelos parlamentares que demonstrarão o descontentamento com a condução dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014.
Na semana passada, várias foram as reuniões entre os próprios deputados cobrando agilidade nas questões e ponderando existir na rua um desestimulo quanto ao evento da Copa do Mundo, pois as coisas não estariam acontecendo aos olhos da população. Fora isso, as divergências de ações como o sistema de transporte coletivo colocou o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP) em rota de colisão com os diretores da Agecopa, mesmo o governador recebendo outras duas propostas para o VLT – Veículo Leve Sobre Trilhos e o Monotrilho.
As propostas com os projetos que ainda ficarão prontas e estão sendo bancadas pelos empresários na implantação deste sistema, estão praticamente descartadas, bastando para isto acompanhar a apresentação da direção da Agecopa na Câmara Municipal de Cuiabá, onde textualmente o presidente da entidade, Yenes Magalhães, colocou como prioridade para eles a implantação do BRT – Bus Rapid Transit, o mesmo sistema utilizado a 30 anos em Curitiba, que hoje também como sede da Copa do Mundo trabalha a implantação do metrô de superfície.
O que antes parecia mais difícil, agora ganha corpo entre os deputados, pois a proposta de mudança na Lei Complementar que criou a Agecopa, já obteve 20 assinaturas de possíveis 24, o que denota o descontentamento entre os deputados com a condução promovida pela direção da Agecopa.
A reunião do chefe do Poder Executivo na próxima terça-feira com todos os deputados pode ser vital para a sobrevivência da Agecopa que é modelo exclusivo de Mato Grosso em relação aos demais Estados brasileiros que preferiram modelos de gerenciamento com menor influência e mais diretamente ligada ao poder de mando dos governadores.
Mesmo Silval Barbosa assumindo a condução dos trabalhos da Agecopa, se reunindo uma vez por semana na própria sede do órgão, os deputados vão manifestar o descontentamento e a necessidade de se promover urgentes alterações sob pena de colocar em risco a execução do próprio evento esportivo.