A diretoria de Infraestrutura da Agência de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal (Agecopa), sob o comando de Carlos Brito, afirmou que até o Carnaval os pagamentos ao consórcio Santa Bárbara/Mendes Júnior, responsável pela construção do novo Verdão, serão retomados. Para isso, será feito um acréscimo no valor do contrato, o que vai encarecer a obra final. Originalmente, o novo estádio está orçado em R$ 342 milhões.
Os pagamentos estavam suspensos por decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que havia questionado a criação de um “eventograma”. Brito explicou, segundo o Diário de Cuiabá, que um mês após o lançamento da obra, a Agecopa percebeu que o cronograma de trabalho não era compatível. Segundo ele, uma gerenciadora apontou o erro e sugeriu o “eventograma” que seria um detalhamento da planilha, visando mais controle no serviço realizado e nos materiais utilizados. Ou seja, um novo cronograma para obra, que não foi aceito pelo TCE.
Com isso e a descoberta de umidade no concreto que sustentava a obra do antigo Verdão, o diretor já admite que haverá um aumento de R$ 12,6 milhões. Este “aditivo” está passando pela análise técnica da Auditoria do Estado e será repassado para o TCE. Após a aprovação destes órgão, os pagamentos voltarão a normalidade.
Conforme Só Notícias já informou, a polêmica extinção da Agecopa e o andamento das obras para o mundial em Cuiabá foram destaques na mídia nacional. O jornal Folha de São Paulo fez uma reportagem apontando que, no ano passado, a autarquia teve um custo de mais de R$ 14 milhões apenas com pessoal, encargos e custeio da estrutura. Já em relação ao estádio, apontou os problemas da suspensão dos pagamentos ao consórcio.