Lideranças do PSDB chegam hoje a Cuiabá para oferecer apoio ao candidato à prefeito tucano Wilson Santos em reta final de campanha eleitoral. O apoio chega em hora de acirramento da disputa nesse segundo turno, em que o adversário dele, Emanuel Pinheiro (PMDB), aparece à frente nas pesquisas eleitorais com 10 pontos percentuais.
Última pesquisa Gazeta Dados, divulgada há dois dias, dia 18, mostrou Emanuel com 44% e Wilson 33%. Ex-candidato à presidente da república, o senador mineiro Aécio Neves já confirmou presença em evento político na sede da Associação Mato-grossense dos Delegados de Polícia (Amdepol), às 19h30.
Com ele, estarão presentes também o deputado da Bahia Antônio Imbassahy, líder do PSDB na Câmara, e o senador da Paraíba Cássio Cunha Lima, líder do partido no Senado, um dos senadores mais atuantes no processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
O deputado federal Nilson Leitão, presidente da sigla no Estado, vê um cenário difícil eleitoral, na capital, principalmente devido às mudanças das regras de campanha, mas acredita que a experiência de Wilson Santos vá ajudá-lo na disparada que precisa dar para vencer a corrida.
"Parlamentares do partido estão passando por várias cidades, a exemplo de Cuiabá, onde há candidatos com ou sem chances de vitória, mas que estejam nesse segundo turno", comentou Leitão.
As lideranças vão a Campo Grande (MS), passando por Cuiabá, e seguirão para Vila Velha (ES) e Maceió (AL).
O candidato Wilson Santos acredita que a presença dessas lideranças podem "puxar" votos. "Estamos mostrando que o PSDB tem orgulho dos seus quadros, nós temos quadros em nível municipal, estadual e nacional. Nós podemos mostrar Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Geraldo Alckmin, João Dória, Beto Richa, Marconi Perillo, Aécio Neves, Cássio Cunha Lima e vamos mostrar. Deixamos claro para o eleitor quem está por trás de nós", comentou.
Segundo ele, qualquer candidato de qualquer município do Brasil teria orgulho de receber tais apoios.
Wilson aproveitou para atacar o adversário, dizendo que ele também poderia declinar os nomes de seu grupo político, tais como "Silval Barbosa, Carlos Bezerra, Eduardo Cunha, Sarney. Ele é do PMDB, também tem condições", ironizou.
Questionado sobre os quadros do PSDB que também são investigados ou que respondem processos, o candidato tucano afirma que são exceção. "Tem sim, mas isso é ponto fora da curva, é exceção, já do meu concorrente é regra".
Dizendo-se muito bem fisicamente, cumprindo uma agenda intensa, de 20 horas, com dois ou três arrastões ao dia, informa que está apenas com a faringite, sinusite, laringite e amigdalite "atacadas".
O desgaste em fim de campanha é inevitável, segundo o candidato, e, por isso, todo apoio é importante. "Mas o mais importante é o apoio de Deus, o espiritual. Peço orações, porque isso me dá uma energia enorme".
Segundo WS, previu três coisas no início de campanha. "Que Cuiabá teria dois turnos, aconteceu. Que o Wilson estaria no segundo turno, aconteceu. E que o grupo político de Wilson venceria as eleições. Estamos a três ou quatro pontos da vitória".