O ministro da Agricultura, Neri Geller (PR), o senador e presidenciável Aécio Neves (MG) estiveram, hoje, em Campo Novo dos Parecis, no último dia da Parecis Super Agro – feira de agronegócio e tecnológica. Foi o primeiro evento que o mato-grossense Geller participa juntamente com um dos principais líderes da oposição ao governo e adversário direto da presidente Dilma na disputa pela presidência, em outubro. Aécio alogiou a força dos produtores mato-grossenses e criticou o governo. "Temos que virar essa página que o agronegócio e pecuária são anti-ambientais. Não é !. Temos que reconhecer o aumento permanente na produtividade do campo. Desde a década de 90 a área plantada aumentou apenas 40% enquanto a produção em torno de 220%, demonstração clara que ganhamos produtividade. O que assistimos nessa região é a produção aumentando. Mas é preciso que o governo seja mais parceiro, invista mais em infra-estrutura de forma planejada e rápida. E não como vem acontecendo como agora que as promessas vem ficando grande parte no papel", criticou.
"O que precisamos discutir a qiestão da segurnaça jurídica, que aflige e preocupa os que estão permanentemente produzindo. Há decisão do STF que precisa ser acatada pelo Congresso que estabelce prazo para demarca'ão de reservas indígenas. É bom para quem produz e também para as comunidades indígenas", defendeu. "Serei candidato do agronegócio produtivo, sustentável, que passa por grande projeto de mobildiade. O que barra nossa competitivadade maior é baixa estrutura para escoamento da produção. Portos pouco estruturados, ferrovias pelo meio do caminho, rodovias inacabas. Do ponto de vista tributário, vamos apresentar proposta de simplificação do sistema tributário que vai dar espaço a médio prazo para diminuição da carga tributária de forma horizontal, não apenas para alguns escolhidos do governo. Lideranças expoentes como ex-ministros Alysson Paolinelli e Roberto Rodrigues estão discutindo conosco esse plano", declarou.
Aécio criticou a forma como o ministério é tratado pela presidente Dilma Roussef (PT) e pediu mudanças na mesma solenidade onde estava o ministro Neri Geller. “Você (Neri Geller) não pode dizer em público, mas pode concordar comigo que o Ministério da Agricultura foi rebaixado nesse Governo, ele tem que ser um dos maiores, o ministro da Agricultura tem que se sentar ao lado dos ministros da Fazendo, Economia e Planejamento para decidir junto o futuro do nosso país”, finalizou.
Enquanto Aecio criticou o governo, o ministro Neri Geller defendeu a presidente. "Estou orgulhoso de estar no ministério representando o setor, indicado pela presidente Dilma, com uma equipe que vai dar respaldo ao setor a exemplo dos dois secretários que tomaram posse esta semana", disse. "Quando o milho aqui no estado do Mato Grosso, principalmente nesta região, estava bem abaixo do preço mínimo, chegando a R$ 8, a R$ 9 a saca, o Ministério da Agricultura se posicionou com firmeza e aprovou uma portaria de R$ 700 milhões, com o apoio da bancada do estado e as lideranças do setor. Só no Mato grosso a intervenção foi de mais de R$400 milhões. Fico feliz não só por ter atendido o preço mínimo, mas por ter chegado a uma segunda safra que, neste não, vai gerar ao nosso país muitos empregos e renda ao produtor", disse. Ele destacou outros avanços do governo para o setor produtivo mato-grossense.
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) também prestigiou a Parecis Super Agro, juntamente com os senadores Jayme Campos (DEM) e Pedro Taques (PDT), os deputados federais Nilson Leitão (PSDB) e Júlio Campos (DEM) e os deputados estaduais Zeca Viana (PDT), Guilherme Maluf (PSDB) e Dilmar Dal Bosco (DEM), presidentes da Famato e Aprosoja, Rui Prado e Carlos Favaro, além dos deputados estaduais pelo PP, Antonio Azambuja e Ezequiel Fonseca e o ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB).
A Parecis Super Agro começou no último dia 13, teve dezenas de empresas expositoras que fizeram muitos negócios. O evento foi organizado pelo Sindicato Rural de Campo Novo dos Parecis.
(fotos: assessoria)
