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Advogados de MT concluem que Congresso não tem moral para votar impeachment

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Advogados de Mato Grosso chegaram a conclusão de que o pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva “passou do tempo” e que deveria ter sido discutido no momento apropriado quando se iniciaram as denúncias de corrupções que envolveram o governo. A resposta dos mato-grossenses foi avaliada e concluída durante o Colégio de Presidentes, no último final de semana, em Sinop. “O Colégio de Mato Grosso entende que a discussão perdeu o objeto” – disse o presidente da OAB no Estado, Francisco Faid.

Além disso, ele afirma que o Congresso Nacional não teria neste momento, moral para apreciar e votar o processo de cassação de Luiz Inácio Lula da Silva em função das absolvições aos principais membros do governo citados nas denúncias de corrupções em todo o país.

O Conselho Federal da OAB se reúne hoje (08), às 8h, na sessão plenária do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil que votará a proposta de pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. OAB vai disponibilizar o seu material, também em tempo real, para cerca de três mil emissoras de rádio em todo o país, com a transmissão de tudo que estará ocorrendo na sessão, além de boletins freqüentes com informações, análises e entrevistas. A sessão de debate e votação da proposta do impeachment de Lula será aberta e conduzida pelo presidente nacional da OAB, Roberto Busato.

Para o presidente da Subseção da OAB de Sorriso (MT), advogado Silas do Nascimento Filho, o afastamento de Lula do governo, agora só poderá ser feito nas urnas eleitorais deste ano. Ele observa ainda, que a OAB não conta com o apoio popular, a legitimidade do Congresso Nacional, o que reflete de forma negativa para as intenções da Ordem, caso a proposta de impeachment seja aprovada com a anuência de outros estados. “A discussão deveria ter sido feita quando surgiram as primeiras denúncias. Agora é dar um tiro no próprio pé”, disse Silas.

No entanto, o Colégio de Presidentes da OABMT deixa claro que a postura adotada em relação à cassação do presidente Lula, não significa apoio à instabilidade política e econômica do país. “Não podemos compactuar com os desmandos que ai estão, mas temos que ser coerentes nas nossas decisões”, afirmou Faiad.

Ainda no encontro do Colégio de Presidentes, os advogados mato-grossenses editaram a Carta de Sinop, na qual, foi aprovado uma Moção de Apoio ao movimento “Grito do Ipiranga” dos produtores rurais que criticam o governo federal pela política financeira do país. Mas no mesmo documento, a OAB se manifesta contra o fechamento das BR´s feitas pelos produtores há mais de uma semana.

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