O advogado Júlio Cesar Domingues Rodrigues negou, hoje, que teria tentado extorquir o ex-deputado estadual José Riva, fazendo com que ele pagasse os custos de seus advogados e a quantia de R$ 1 milhão supostamente exigido pelo seu pai Jaime Rodrigues, sob ameaça de retaliações. Rodrigues e Riva são réus na Operação Ventríloquo, que apura a suspeita de um desvio de R$ 9,5 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa, por meio de contratação de seguro junto ao extinto Banco HSBC. Quem entregou todo esquema foi o advogado do banco, o delator, Joaquim Mielli.
De acordo com os documentos anexados nos autos, Riva começou a ser extorquido por Jaime Rodrigues, em fevereiro de 2015, durante a operação Imperador. Em setembro de 2015, poucos meses após a Operação Ventríloquo ter sido deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), Riva também foi procurado pelo pai do advogado.
Riva disse que também teria sofrido tentativa de extorsão dentro da carceragem do Fórum de Cuiabá. O deputado estadual, Romoaldo Junior (PMDB), também acusa do advogado de tentar extorqui-lo, porém, Júlio Cesar, alega que ambos estariam tentando desqualificá-lo. "Estou ciente das declarações do Riva e são absurdas, querer envolver integrantes da minha família. Riva e Romoaldo estão tentando sair de vítima desta história toda, é uma tentativa barata de me desqualificar, isso nunca existiu e estou pronto pra trazer qualquer informação à Justiça".
O advogado compareceu ao Fórum na tarde desta segunda para informar ao judiciário que irá viajar a trabalho para o Estado de São Paulo, aonde mantém um escritório de advocacia.