O advogado Marcelo Segura, que defende o prefeito Nilson Leitão, considerou precipitado o fato da promotora da Comarca de Sinop, Lais Furlin, em divulgar para a imprensa dados da ação que está movendo contra seu cliente, sendo que a mesma ainda nem chegou às mãos do juiz.
Segundo ele “a promotora está sendo tendenciosa no sentido de prejudicar o prefeito. As investigações iniciaram-se na Bahia, pela Polícia Federal e depois passou à competência do STJ, que é o detentor dessa investigação. Se ela está falando em enriquecimento ilícito, ela está falando sem conhecimento de causa e a competência para a investigação é do Ministério Público Federal e do STJ no momento”, completou.
“A defesa está sendo prejudicada, porque nem sabemos o que consta nessa ação. Quanto ao dinheiro, jamais foi encontrado R$450 mil em espécie na casa do prefeito. Ela está sendo equivocada. Foram encontrados na casa do prefeito R$25.430 em moeda corrente, mil dólares e R$ 3 mil em moeda corrente na sua bolsa de viagem. Também foram encontrados cheques emitidos desde 1997, mas estão todos prescritos, não podem ser executados nem compensados”, disse ele.
O dinheiro, segundo Segura, é particular do prefeito, está declarado em imposto de renda e não tem origem ilícita. “Com relação a cheques, são cheques comuns, antigos, como eu tenho no meu escritório, sem valor jurídico no momento”, explica. “O processo entrou na sexta-feira e até ontem estava sendo autuado pela secretaria da 6ª vara cível da comarca de Sinop e ainda não chegou nas mãos do juiz de direito. Como tal, reafirmo que a promotora está sendo precipitada, por ficar dando informação para a população com a conotação que na casa do prefeito existia R$450 mil em dinheiro. Ela está levando a população ao erro”, salienta.
O Judiciário ainda vai analisar a petição dela e decidir se vai receber ou não a ação. “Essa ação pode ter algum equívoco formal e não ser nem recebida. Mas se for recebida, o magistrado vai citar as partes para que elas possam se defender”, explicou.
Outro lado:
A promotora Lais Furlin disse, ao Só Notícias, que não pretende rebater as acusações pessoais feitas pelo advogado. Acrescentou que, “quanto às informações que ele diz não serem verdadeiras, constam em documento, no processo”.
Sobre não ter competência para pedir a investigação, ela ressaltou que está movendo uma ação civil pública por improbidade administrativa. “A parte criminal realmente, que determina o cumprimento de pena e reclusão é de competência do Ministério Público Federal e do STJ, mas a ação que estou movendo é cível”, afirmou.
(Atualizada às 13:38hs)