O advogado José Antonio Duarte Alvares fez, há instantes, perante os ministros do Supremo Tribunal Federal, a defesa do deputado mato-grossense Pedro Henry, um dos 38 denunciados no esquema do mensalão. Ele pediu a absolvição “não só pela falta de provas, mas por estar comprovado a inexistência dos fatos narrados na denúncia”, diz. Alvares disse que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, fez uma acusação “fantasiosa” a Henry. “Não se comprova como Henry teve participação na quadrilha. Quanto à corrupção passiva, afirmo que não houve qualquer compra de voto a quem quer seja”, defendeu. Ele disse que o PP – partido que Henry liderava na Câmara dos Deputados- não precisaria receber (dinheiro) para votar pelas reformas. “E que a função dele era “transmitir a vontade da maioria da bancada”.
José Antonio Alvares expôs ainda que os encontros que Henry participava com líderes do PT visavam “formalizar uma aliança política, não financeira”, rebatendo acusação que encontros seriam para serem selados acordos financeiros. “O crime de Pedro Henry foi de se destacar”, acrescentou o advogado.
Henry está entre os 38 denunciados pela procuradoria geral da República acusados de receber propina para apoiar e articular apoio, no Congresso, para o governo do ex-presidente Lula. Na época, Henry foi líder da bancada do PP na Câmara dos Deputados.
Na denúncia a procuradoria aponta que “os ex-deputados José Janene, Pedro Corrêa e o deputado Pedro Henry receberam aproximadamente 4,1 milhões de reais de propina”. Henry é acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Alvares foi o terceiro defensor a fazer a sustentação oral na sessão de hoje do STF.
(Atualizada às 15:49h – 16:00h – 16:58h – 17:13h)