O advogado Claudio Alves Pereira desafiou hoje para um debate os vereadores Mauro Garcia, Valdemar Junior, Zuleica Mendes e Tião da São Camilo, sobre a ação judicial das investigações na licitação das obras da rede de esgoto e sobre o financiamento do BNDES para Sinop, quatro vereadores que lhe criticaram na última sessão da câmara. Claudio concedeu entrevista à Rádio Meridional e fez o convite. “Pode ser na câmara ou no auditório da Unemat, juntamente com acadêmicos e a sociedade”, propôs. “Se não debater, estão correndo. Vai ser a oportunidade de ficar claro se estou mentindo como eles colocam”, emendou.
Claudio Alves voltou a criticar os vereadores pelo fato de acionarem o Judiciário para impedir que a Prefeitura de Sinop tenha acesso ao financiamento de R$ 38 milhões, cujo projeto técnico foi aprovado em primeiro lugar no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a operação teve aprovação do Senado e Tesouro Nacional. Uma liminar da Justica de Sinop, amntida pelo TJ, proíbe a liberação da verba até que a Justiça Federal conclua as investigações sobre as suspeitas de direcionamento de licitação para a Gautama.
O advogado disse que é favorável que a obra não seja feita por esta empresa suspeita. “Mas não posso aceitar que estes vereadores sejam contrários a liberação de financiamentos para Sinop ter rede de esgoto. Não podemos, 120 mil habitantes, continuar vivendo sobre um lençol frático contaminado por fezes. Isto é muito grave. Quem sabe amanhã eles reconheçam que estão errados”, afirmou.
O advogado, que também é coordenador jurídico da câmara municipal, explicou que concedeu, semana passada, entrevista para A Folha e fez críticas aos vereadores como “profissional e cidadão e não na qualidade de procurador jurídico da câmara”. A vice-presidente do Legislativo, Zuleica Mendes, e os vereadores Mauro Garcia e Valdemar Junior, solicitaram a presidência da câmara que ele fosse exonerado devido as ofensas. Mauro e Valdemar não aceitaram, inclusive, a proposta do corregedor para que Claudio usasse a tribuna da câmara e falasse sobre o assunto.
Ainda na entrevista de hoje, Claudio Alves disse que, “como o ex-secretário de Desenvolvimento Jair Pessine (também investigado na ação de suspeita de direcionamento da licitação) é meu cliente, informei a presidente da câmara que, por questões éticas, não estaria dando parecer aos vereadores quanto à criação de CPI” e que fosse feito por outro advogado do Legislativo.