O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) não será ouvido, nesta 3ª, pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda, no processo penal fruto da operação Imperador que tem o ex-deputado José Riva (PSD) como réu, sob acusação de ser o mentor de um suposto esquema de fraude de R$ 62 milhões no Poder Legislativo. Ele iria prestar esclarecimentos mas pediu para ser em outra data, que será marcacada, porque tem o direito de escolher quando será ouvido devido o foro por prerrogativa de função. O ex-deputado Airton Português (PSD) também está na lista dos depoentes arrolados pela defesa.
As audiências tiveram início no dia 22 deste mês e, desde então, algumas testemunhas listadas pela defesa de Riva não compareceram. Por isso foi necessária a redesignação de datas para ouvi-las.
O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Sérgio Ricardo e os deputados Pedro Satélite (PSD) e Wagner Ramos (PR) foram intimados, porém, como possuem foro privilegiado podem escolher os dias 5 de maio ou 23 de junho para serem ouvidos.
Os parlamentares Romoaldo Junior (PMDB) e Mauro Savi (PR), que também compõe a lista de arrolados pelos advogados de Riva, indicaram as datas de 28 de maio e 23 de junho, respectivamente, para deporem.
Riva, que está preso desde o dia 21 de fevereiro no Centro de Custódia, será ouvido pela juíza Selma Rosane Santos Arruda no dia 23 de junho.
O social democrata é apontado como chefe de um esquema criminoso que consistia na realização de licitações fraudulentas de materiais gráficos, que eram faturados, cobrados, mas não realizados. Parte desse dinheiro voltava para empresas de fachada e parte era desviada dos cofres públicos pelo ex-deputado, segundo a acusação do Ministério Público Estadual (MPE).
(Atualizada às 22:05hs)