O deputado mato-grossense carlos Abicalil (PT) divulgou nota, hoje, com esclarecimentos sobre a reportagem da Revista Veja onde é acusado de “fazer o jogo sujo do governo” Lula, na CPI que investiga os esquemas de Marcos Valério com o goveerno. Eis a íntegra da nota de Abicalil:
Com relação à matéria “Não li e não gostei”, publicada na edição desta semana da revista Veja, faço os seguintes esclarecimentos:
a) a revista não publicou o teor de minhas afirmações, concedidas em uma entrevista de 15 minutos, por telefone, ao repórter Fábio Portela, ocorrida na quinta-feira, 09/01, a respeito da posição de membros da CPMI dos Correios, insatisfeitos com o balanço apresentado pelo deputado Osmar Serraglio, relator da Comissão;
b) em nenhum momento mencionei que iria apresentar relatório paralelo à CPMI dos Correios. Afirmei ao entrevistador que existe a possibilidade regimental de apresentação de relatório, voto em separado ou de emendas por qualquer membro da Comissão. Disse ainda que, caso não haja participação dos membros por meio de debates na elaboração e na deliberação do relatório apresentado, é possível que ocorra apresentação de um relatório substitutivo, que também necessita do voto da maioria dos membros da Comissão para ser aprovado. Fiz, portanto, esclarecimentos de ordem estritamente regimental;
c) reitero que no dia 21/12, o relator Osmar Serraglio – PMDB-PR, dispôs de duas horas para apresentar o “balanço”, e que os demias membros da Comissão tiveram, no máximo, cinco minutos para exposição, comentários e esclarecimentos, sem debater o seu conteúdo;
d) d) conforme havia afirmado ao repórter da revista, o balanço apresentado por Serraglio é parcial em múltiplos sentidos: no tempo, no conteúdo e no contexto. O relator omite informações importantes aos trabalhos da CPMI, como é o caso de documentos que comprovam que o esquema denominado “Valerioduto” teve início no governo anterior. Ao se referir ao “Mensalão”, apontando trocas de partidos e saques nas contas do banco Rural, Serraglio deixa de fora parlamentares do partido dele, o PMDB, cujo líder na Câmara renunciou após ter seu nome envolvido na lista de sacadores do banco;
e) no que tange ao “Mensalão” para financiar troca de partidos e votos de matéria de interesse de governo, a apresentação do relator não encontra respaldo no que vem sendo apurado até agora pela CPMI e pelo Conselho de Ética da Câmara;
f) em face às acusações feitas à minha pessoa pela revista Veja, posso afirmar que meus sigilos, desde o início das investigações, estão à disposição. O conteúdo da matéria publicada pela Revista acaba por confirmar que alguns setores da Imprensa vêm realizando trabalhos “sujos”, ocultados, que contrariam o Código de Ética do Jornalista e comprometem a opinião pública com uma avalanche de fatos inverídicos e acusações infundadas. É necessário que tais veículos resgatem o respeito à honra e à verdade, para o bem do conjunto da sociedade brasileira”.