De 61 prefeitos brasileiros, que serão investigados pela CPMI dos sanguessugas, 57 são de municípios mato-grossenses. A informação foi repassada ontem pelo presidente da CPMI, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ). Ele disse que os prefeitos terão os sigilos telefônico, bancário e fiscal investigados para apurar qualquer possível ligação deles com a máfia dos sanguessugas.
O requerimento pedindo a quebra de sigilos já teria sido apresentado, mas não há prazo para votação dele. De acordo com A Gazeta, Biscaia ainda disse que ficou comprovada a origem ilegal do dinheiro apreendido no dia 15 com Gedimar Passos e Valdebran Padilha. A suspeita sobre a ilegalidade do dinheiro já havia sido levantada pela PF, ao detectar que o montante apreendido no dia 15 continha várias notas de R$ 5 e R$ 10, além de dois blocos de R$ 1 mil formados por cédulas de R$ 100.
O presidente da CPMI também defendeu as investigações da Polícia Federal no mesmo dia em que dirigentes do PSDB e do PFL pediram a interferência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no inquérito que apura a negociação do dossiê antitucanos, alegando que investigações poderiam estar sofrendo intervenção do governo Lula.