Pesquisa realizada pelo instituto Toledo & Associados divulgada nesta quarta-feira aponta a vitória do “não” no referendo sobre a proibição da venda de armas de fogo e munição que acontece no próximo dia 23. O “não” obteria 52,1% dos votos e o “sim”, 33,7%. Outros 10% estão indecisos.
A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. Participaram da pesquisa 1.947 eleitores com mais de 25 anos e residentes em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Belém, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Recife e Salvador.
Eleitores pertencentes à classe A votam mais “não”. De acordo com a pesquisa, 70% deles escolheram “não”, 20% escolheram “sim”; e 8,3% não souberam responder. Já a menor diferença está na classe C, onde 46,7% optou pelo “não”; 37,4% optou pelo “sim”; e 12,6% não respondeu.
O estudo também revelou a descrença dos eleitores na polícia. Entre os participantes da pesquisa, 79% acham que ela não tem “meios para proteger os cidadãos desarmados da violência”. Somente 13% discorda e 7% disse nem concordar nem discordar. 1% não respondeu.
Confusão
No referendo, o eleitor deve responder à pergunta: “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”. Entre os entrevistados, 8% dos que votaram “sim” e 6% dos que optaram pelo “não” não confirmaram suas escolhas, ou seja, haviam se confundido.
Opinião
O instituto também perguntou a opinião dos eleitores sobre alguns dos argumentos que têm sido expostos pelos defensores de ambas frentes parlamentares envolvidas no referendo.
Dos entrevistados, 57% afirmaram discordar da idéia de que proibir o comércio de armas de fogo irá diminuir os crimes, enquanto 34% concordaram e 8% disseram nem concordar nem discordar. 1% não respondeu.
Quanto à afirmação de que os cidadãos ficarão desprotegidos caso a proibição seja aprovada, 59% concordaram, 29% discordaram, 10% disseram nem concordar nem discordar, e 1% não respondeu.