O plano integrado operacional e de inteligência, que reuniu a Justiça Eleitoral e forças de segurança estaduais e federais, assegurou que a votação ocorresse sem incidentes em todos os 141 municípios de Mato Grosso, ontem. Para o secretário adjunto de inteligência, Gustavo Garcia, o fator decisivo para o trabalho foi o planejamento das ações e identificação prévia dos locais que requeriam mais atenção. “Agimos com proatividade e nos antecipamos às possíveis crises”.
Em Juína, por exemplo, havia o risco de conflito entre grupos da cidade e indígenas da etnia Enawenê-Nawê. Havia até mesmo uma mobilização para impedir que os eleitores da etnia tivessem acesso aos locais de votação. O Exército escoltou o grupo desde as aldeias. A Polícia Militar fez a segurança nas seções eleitorais e as Polícias Civil e Federal permaneceram de prontidão para formalizar algum procedimento, se necessário. “Tudo correu como o projetado”, avaliou o desembargador Luiz Ferreira da Silva, corregedor e vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT).
Segundo Garcia, um número significativo de pessoas, entre candidatos e não candidatos, foi conduzido às unidades policias ao longo do período de votação. O balanço final será divulgado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sespe) ainda hoje.