O vereador em Juara (350 quilômetros de Sinop) Eraldo Francisco Alves, o “Marquito”, emitiu uma nota se defendendo das acusações de envolvimento no homicídio de Jary Santana de Abreu, ocorrido em 2013, em um estabelecimento comercial na avenida Brasil, no bairro CPA 2, em Cuiabá. De acordo com a nota, assinada também pelo advogado Rubens Setolin, houve “equívoco cometido por órgãos judiciários estaduais, de modo que, após ser ouvido pela delegacia de Polícia Civil da capital, foi comprovado que Eraldo não teve qualquer participação no crime”.
Segundo a nota, “em razão da processualística penal, uma vez iniciado, o processo deverá tramitar como qualquer outro, para que, ao final, Eraldo possa ser declarado inocente, de modo que o processo não pode ser arquivado nesta fase”. A defesa reforçou a tese de que o parlamentar é inocente das acusações e foi “vítima de equívocos e precipitações de órgãos judiciários estaduais, já que há provas e documentos suficientes a fim de comprovar sua real e absoluta inocência”.
A denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) aponta que o crime teria sido motivado por um desentendimento envolvendo a aquisição de madeira de uma área em litigio, em 2006. O MP cita que, nos anos seguinte, Jary foi vítima de duas tentativas de homicídio. No dia em que foi morto, estava trabalhando em um escritório na capital, quando foi atingido por tiros. De acordo com o MP, a secretária de Jary reconheceu Eraldo.
Em março deste ano, a defesa ingressou com pedido de absolvição do acusado e anulação do inquérito policial. A juíza da 12ª Vara Criminal determinou que a solicitação só poderá ser analisada após audiência de instrução e julgamento, marcada para o dia 28 de julho.