As operações “Poeira Branca” e “Rota Tripla”, deflagradas hoje pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), cumpriram 24 mandados de prisão preventiva contra membros de duas organizações criminosas investigada no tráfico de drogas interestadual.
Entre os presos está um vereador de Araputanga por ser um dos intermediadores da quadrilha investigada na operação Poeira Branca. O bando, a qual pertencia, trazia maquinários agrícolas, como tratores roubados ou furtados no estado de São Paulo para trocar por drogas na fronteira de Mato Grosso.
As duas organizações criminosas atuavam no comércio de entorpecentes em Mato Grosso, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Pernambuco. As quadrilhas tinham núcleos fornecedores de drogas na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia.
Ao todo, a Justiça expediu 37 mandados de prisão, sendo uma das ordens encaminhada para cumprimento pela Polícia Federal, na cidade de Curitiba, no estado do Paraná, contra um traficante, que já estava preso na carceragem da Superintendência da Polícia Federal no Paraná.
O suspeito é um dos presos da operação Rota Tripla. Ele encomendava entorpecentes no município de São José dos Quatro Marcos e depois levava para Cuiabá, Goiânia (GO) e estados do Nordeste, como Pernambuco e Bahia.
A operação "Poeira Branca" cumpriu 19 mandados, sendo três mandados de prisão nos municípios paulistas São José do Ribeirão Preto, Catanduva e Marapoama; 1 mandado em Mato Grosso do Sul; e os demais em Mato Grosso nas cidades de Rondonópolis (1), São José dos Quatro Marcos (3), Diamantino (1), Jangada (1), Cáceres (2), Araputanga (3), Glória D' Oeste (1), Porto Esperidião (2) e Mirassol D' Oeste (1).
Para a operação Rota Tripla, a expediu 18 mandados de prisão e sete buscas e apreensão. Os mandados são cumpridos, um em Pernambuco, um em Goiânia (GO); 1 Curitiba (PR); 3 em São José dos Quatro Marcos, 2 em Cuiabá, 1 em Cáceres, 1 em Araputanga, 1 em Mirassol D' Oeste. Outras sete ordens judiciais foram decretadas contra traficantes já presos, sendo 4 na cadeia de Mirassol D' Oeste, 1 na unidade de Araputanga e 2 para presos recolhidos em São José dos Quatro Marcos.
O delegado da DRE, Juliano Carvalho, explicou que as duas organizações criminosas são distintas e agiam cada uma dentro do esquema do tráfico de drogas montado na fronteira. "Ambas começaram com denúncias anônimas. Nossos policiais da DRE fizeram o acompanhamento da situação que veio a desencadear nas apreensões e agora nessa operação".
Conforme o delegado, a operação "Rota Tripla", conseguia movimentar mais de 200 quilos de cocaína por mês, o equivalente a R$ 1,2 milhão. Os envolvidos, segundo Juliano Carvalho, são empresários da região de fronteira e de Cuiabá, apontados como os lideres do tráfico, que contavam com auxílio de pessoas desempregadas e de baixa instrução para o transporte do entorpecente ocultado em veículos.
"A droga era levada para alguma chácara na fronteira, armazenada e na medida que chegava os pedidos de entorpecentes, os carros eram preparados nos conhecidos mocó e depois pintados. O serviço de funilaria era muito bem feito ao ponto que uma fiscalização jamais detectaria a presença de droga no veículo", destacou Juliano.